30 de novembro de 2010

Defensas e poluição visual



Defensas que não defendem. Defensas que deixam Joinville poluída visualmente. Defensas que só servem para a exploração comercial.

Quem ganha com isto? Quanto é a remuneração do município em troca de esta exploração comercial do espaço publico?

29 de novembro de 2010

Take Five - Dave Brubeck

Em homenagem ao Joinville Jazz Festival, um dos mitos sagrados do jazz internacional

Plantando arvores


A Folha de São Paulo publica a noticia que o jovem Elano Ferraz já plantou 5.000 arvores em Minas Gerais. A proposta deste blog é trazer este jovem para Joinville, para que de uma aula de como se faz, para as nossas autoridades locais.

Nos últimos 10 anos o numero de arvores, realmente plantadas pelo poder publico nos parques e praças de cidade dificilmente deve chegar a um décimo disto. Perder de goleada para um adolescente deveria deixar os nossos técnicos locais envergonhados.

Adolescente contabiliza 5.000 árvores plantadas em Minas

ELIDA OLIVEIRA
DE SÃO PAULO

Com pás e enxadas nas mãos, Elano Ferraz, 16, plantou, com amigos, 5.000 árvores no centro-oeste de Minas. Somadas numa única área, elas ocupariam 11 mil metros quadrados -pouco mais que um campo de futebol.


Envolvido na criação de um parque no centro da cidade em que mora, Bom Despacho (168 km de Belo Horizonte), Ferraz dá palestras até em universidades sobre preservação ambiental.


Ele conta que sua ação já se espalhou por quatro Estados e dois países.
Ferraz foi emancipado pelos pais para fundar a ONG Peca (Projeto de Educação e Conscientização Ambiental), que tem nove filiais. Além de Bom Despacho, há unidades, em BH, Rio, Salvador, Fortaleza, Canadá e EUA.


A "aventura" ecológica começou quando ele tinha 13 anos. Mais experiente, fundou a ONG e começou aos poucos o plantio das mudas.


Apesar dos três anos de palestras, o público universitário ainda lhe causa insegurança. "Falar para adultos deu um frio na barriga", diz.

28 de novembro de 2010

Razões para visitar Barcelona

BARCELONA SOME REASONS from nueve ojos on Vimeo.

Conferencia sobre o Cambio Climatico


COP 16

Começa amanhã em Cancun no México a COP 16 / CMP6 O objetivo principal da Conferencia organizada pelas Nações Unidas é o de reduzir a emissão dos gases que produzem o chamado efeito estufa e buscar a redução da temperatura da terra, para combater o aquecimento global.

Os documentos de referencia são o Protocolo de Kioto e os seus tratados complementares.

Visite o link e conheça a programação e o que esta sendo discutido. COP 16 / CMP6. E aqui em Joinville que fim levou a Agenda 21?

27 de novembro de 2010

Caderno de viagem


Depois de uma tormenta de verão, entardecer em Cartagena de Índias, Colômbia. O sol se pondo sobre o mar do Caribe.

Excelência Nordestina


Excelência Nordestina

A iniciativa da ACIJ de reconhecer é premiar as administrações municipais que Fazem Render Mais, tem permitido identificar uma ilha de excelência em administração publica, localizada na região nordeste de Santa Catarina. As administrações municipais de Campo Alegre, Joinville, Schroeder e Jaraguá do Sul, estão entre as melhores, de acordo com os critérios técnicos selecionados pelos organizadores do premio.


O reconhecimento outorgado, a estes municípios do nordeste catarinense, pela premiação idealizada pela Associação Empresarial de Joinville, mostra a importância da participação da sociedade na gestão da cidade. Se bem é verdade que os pontos principais citados pelo prefeito Carlito Merss, e que na sua opinião, levaram Joinville a ganhar um dos primeiros lugares, ainda não são processos consolidados, no caso do Orçamento Participativo (OP) ainda temos muito para melhorar, e no caso das isenções parciais de IPTU e IPVA, ainda não representam nenhuma economia real para o contribuinte e devem ser melhor avaliadas, quando de fato o seu impacto sobre o bolso do contribuinte possa ser medido, servem sim, para sinalizar o forte papel que a sociedade tem a jogar na hora de definir os rumos da sua cidade.


A premiação deve servir de estimulo para que continuem sendo estabelecidas praticas de boa governança publica, que se melhorem os pontos de transparência e gestão participativa e principalmente que se consolidem as mudanças positivas realizadas.

Para pensar acordado

"Eu sei apenas que moral é aquilo depois do que nos sentimos bem e imoral é aquilo depois do que nos sentimos mal." - Hemingway

Obras publicas sem padrão de qualidade




Sem um mínimo de esmero e atenção, a cidade vai aceitando e acostumando-se a um padrão de qualidade incompatível com uma cidade do porte de Joinville.

26 de novembro de 2010

Iluminação da Rua Visconde de Taunay


Achar ou ter certeza?


Em reunião com vários moradores da região central, a maioria usuários frequentes da calçada do Batalhão, surgiu a dúvida se a rua Visconde Taunay, depois de quase quatro anos de trabalho, apresenta hoje uma luminosidade melhor do que antes. Os achistas de plantão, entre os quais me incluo neste caso, consideram que a rua ficou mais escura, que em vários pontos a penumbra é maior que a claridade e em outros pontos as sombras dominam.

Iniciado debate e aproveitando a presença de técnicos do Ippuj, a pergunta formulada pairava no ar: a rua Visconde de Taunay está mais bem iluminada hoje de que antes? Sem ninguém saber ao certo, a discussão encerrou-se com a enfática afirmação de um dos técnicos presentes: “Tem uma iluminação muito melhor!”. Apesar da ênfase, ninguém ficou convencido, e os caminhantes assíduos identificaram com precisão os pontos escuros da rua.

Está cada vez mais difícil engambelar a sociedade. As respostas devem ser precisas, verazes e verificáveis. Aquela época recente em que os técnicos de plantão eram considerados os sábios em um ambiente formado por gente ignara acabou para sempre. As pessoas querem calçadas mais iluminadas, postes mais baixos e lâmpadas mais econômicas. A troca das lâmpadas de vapor de sódio por modelos de maior iluminância que utilizam vapor metálico é uma tendência já consolidada em outras cidades.

O que falta explicar sobre a rua Visconde de Taunay é: quantos lux tinha a rua com o modelo anterior de luminárias? O modelo atual gera uma iluminação mais continua e eficiente? O modelo atual é mais econômico, quanto economizaremos frente ao modelo anterior? Qual é o numero de lux atual e a distribuição ao longo da rua?

Fazer uma cidade mais eficiente implica a troca das lâmpadas incandescentes dos sinaleiros por leds, de baixo consumo e maior durabilidade. Exige a substituição das atuais lâmpadas de vapor de sódio por outras mais eficientes. Principalmente, exige sair do achismo atual e consolidar um modelo de gestão publica amparado em dados, estudos, documentos e focado em resultados concretos. Este novo modelo de gestão, mais transparente, igualitário e responsável, ajudará a estabelecer uma sociedade mais comprometida com a cidade e com o futuro de Joinville.

Publicado no jornal A Noticia de Joinville

Para pensar acordado

Nada garante mais rapidamente a prosperidade de uns que os erros dos outros.

Francis Bacon (1561-1626), filósofo e estadista inglês

25 de novembro de 2010

Comunicação é tudo

Ruído na comunicação


Eu pedi a Deus que nos livrasse do molusco.


Ele matou o polvo Paul.


Expliquei-lhe que estava me referindo àquele que elege uma mulher acéfala presidente da república, para depois voltar ao poder:

Ele matou Kirchner, da Argentina.


Achei melhor dar o assunto por encerrado antes que morresse mais um inocente!!!”

Oremos!!

Rio Cachoeira

Chapa branca (*)

Chapa Branca


Chapa branca é a expressão que serve para identificar aqueles que sendo membros e representantes da sociedade civil, votam e apóiam incondicionalmente o poder publico. Também se usa em política para referir-se a políticos que sempre votam e se posicionam a favor da situação. O nome faz referencia a cor branca que servem com exclusividade para identificar os veículos destinados ao poder publico.


Não é de hoje que comentamos a forma discricional como os temas referentes ao Conselho da Cidade são tratados pelos seus responsáveis, a leitura de regulamentos e leis e feita de acordo com a conveniência do poder publico. É impossível nesta situação que alguém possa acreditar na neutralidade e isenção de um Conselho em que o poder publico alem de ter uma maioria confortável a utiliza de forma discricionária. Alguns dos chapas brancas que compõem as câmaras e o próprio Conselho da Cidade dirão com total propriedade que este é o direito dos que detém o poder, esquecendo convenientemente que o poder abusivo só é possível pela sua conivência.


Dedicaram tempo e esforço os membros do Conselho da Cidade a aprovar o seu regimento, se o processo não foi transparente, paciência, estas coisas quase nunca são. Menos ainda quando os gestores do conselho assumem a sua condição de eternos aprendizes, não tanto porque estejam aprendendo constantemente e sim porque, como nos joguinhos infantis, nunca conseguem passar de fase e ficam permanentemente condenados ao nível inicial.


Os princípios do Conselho da Cidade exigem a participação, e deixar de fazê-lo implica a substituição do representante pelo seu suplente, alias esta é a função do suplente, substituir o faltante, e quando houver reincidência manifesta, substitui lho permanentemente. Simples e claro e previsto no regimento do Conselho da Cidade, aprovado com bumbo e foguetório, porem difícil de cumprir se o faltante reticente for um dos mais fieis "chapas brancas" do Conselho. Neste caso se aplica com toda a propriedade a frase: "Não acredita nas suas palavras e sim nas suas ações, porque as ações falam mais alto que as palavras".


24 de novembro de 2010

Caderno de Viagem



Cusco em Peru a antigua capital do Império Inca. A Praça de Armas rodeada por porticos é o centro da Cusco colonial. Igrejas e mosteiros foram construídas sobre as fundações de antigas construções incas.

Melhorou


Estamos melhorando muito. Se for verdade que a sensação é que a cidade esta parada, que nada acontece e que o que acontece é feito com desleixo, também é verdade que tem coisas mudando. Se acreditarmos que quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. É fácil deduzir que quem não faz, ou quando não se faz, é porque faltou vontade.


Melhoramos muito na nossa capacidade para achar desculpas para não fazer. Quando não é a chuva é o sol, quando não são as desapropriações, ou a lei 8.666, ou a falta de projetos em Brasília, ou a desistência da empreiteira. São tantas e tão variadas as desculpas que escutamos a cada dia para justificar que as coisas não tenham sido feitas, que passei a acreditar que a prefeitura de Joinville implantou um departamento de desculpas e justificativas, em que grupos aplicados de funcionários, desenvolvem dia a dia novas idéias que permitam ao prefeito justificar porque a obra que estava prevista para ser inaugurada no dia 10, só será entregue no dia 25 de mês seguinte. Fazer ainda que estas desculpas sejam criveis e que não sejam sempre as mesmas é uma tarefa árdua e merece nosso reconhecimento.

23 de novembro de 2010

Paulo Alceu no ND


Tem de tudo


Um parlamentar do PDT, do Espírito Santo, apresentou um projeto na Câmara em Brasília revelando, segundo ele, preocupação com o meio-ambiente. Pois bem, o projeto torna obrigatório o plantio de árvores por construtoras de imóveis e por cidadãos que se casam, se divorciam ou compram carro zero quilômetro.

O argumento do deputado: Todos esses episódios contribuem para o aquecimento global, uma vez que geram aumento no consumo de água e energia. Inclusive se divorciar. E comprar carro usado não influencia? Foi rejeitado, na primeira comissão que passou, mas continua tramitando.

Ninguém provocou discussões quanto a casamentos e divórcios, mas em relação ao controle da poluição de veículos foi destacado que já há programas exigindo que as indústrias usem equipamentos capazes de reduzir em 98% a emissão de monóxido de carbono. A preocupação do parlamentar revela, cá entre nós, um certo exagero embora o tema mereça consideração e atenção.

Forum Urbano


Finalmente viu a luz o resumo das palestras e dos debates realizados no Fórum Urbano 2010, promovido pela Câmara de Vereadores de Joinville.

O material de excelente qualidade, poderia ser muito bem aproveitado pelos vereadores se as suas recomendações e propostas fossem incorporadas ao planejamento urbano de Joinville. O risco é que possa virar papel molhado.

Imagine



Millôr Fernandes

O que você acha pior; Átila,Que, por onde passava,Deixava deserto eterno, ou o urbanista moderno?

Uma boa reflexão do sempre inteligente Millor Fernandes. Se olharmos os últimos 25 anos em Joinville é provável que a maioria dos leitores considerem que Átila o Huno, não poderia ter sido mais destrutivo. Ainda que é preciso lembrar o quanto aumentou a capacidade destruidora dos urbanistas modernos, aliados a cobiça dos empreendedores imobiliários inescrupulosos e dos agentes públicos venais. O resultado é uma combinação que faz parecer que o Átila era na realidade um aprendiz

22 de novembro de 2010

Parque das Águas




Por formação profissional os temas referentes a flores, plantas e jardins merecem um destaque especial neste espaço. Ao viver numa cidade como Joinville, o verde urbano ganha ainda um destaque maior, ou deveríamos dizer a falta do verde, a ausência do verde publico.

Recentemente visitei a cidade de Bucaramanga, na Colômbia. Com 750.000 habitantes pode ser comparada com Joinville pelo porte e pelo desenvolvimento. Acabam aqui as comparações. Bucaramanga é uma cidade orgulhosa do seu verde urbano, os parques e praças ajardinadas são abundantes e bem cuidadas. Visitei a maioria delas e um parque em especial me chamou a atenção, o Parque das Águas, casualmente algum dia terá um parque com este nome por aqui também. O Parque das Águas de lá, esta instalado na sede da Companhia Aqueduto de Bucaramanga, que é o equivalente a nossa Águas de Joinville.

É um parque bonito, aberto ao publico em que a água das nascentes da cidade forma cascatas, córregos e espelhos d’água. O importante é que no centro do parque esta o escritório central da Companhia de Águas. Pensei na diferença entre as duas empresas uma, a nossa, fechada a sociedade que em teoria é a sua proprietária e detém 99 % das suas ações, a outra abrindo o espaço a população.

Numa cidade que não tem nunca recursos para desapropriar um metro quadrado, seria inteligente incorporar ao verde urbano os jardins e o espaço em volta da sede da Companhia Águas de Joinville, só seria preciso alem de boa vontade, derrubar ou transferir o muro que separa a sede da rua XV e dar a Joinville um espaço verde, que já é dela de direito. Coisa simples, sem muito Fonplata, sem desapropriações custosas, sem projetos muito complicados e caros. Parece, para alguém com pouca experiência, coisa fácil de resolver. Ainda neste caso a implantação seria ainda mais simples, porque a própria Companhia poderia arcar com todo o custo, utilizando os polpudos lucros que a tarifa vem lhe garantindo ano após ano. E poderia ainda, seguindo o belo exemplo do Condomínio Parque Perini, doar para a cidade algo que neste caso já lhe pertence.

Estas pequenas ações sinalizariam de forma clara que é a sociedade o objetivo principal da gestão municipal e que é para o cidadão que se orientam as ações do governo.
Publicado no jornal A Noticia de Joinville

Para pensar acordado

Recebi e repasso.

Certo dia um florista foi ao barbeiro para cortar seu cabelo. Após o corte perguntou ao barbeiro o valor do serviço e o barbeiro respondeu:


- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.


O florista ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um buquê com uma dúzia de rosas na porta e uma nota de agradecimento do florista.


Mais tarde no mesmo dia veio um padeiro para cortar o cabelo. Após o corte, ao pagar, o barbeiro disse:


- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.


O padeiro ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um cesto com pães e doces na porta e uma nota de agradecimento do padeiro.

Naquele terceiro dia veio um deputado para um corte de cabelo. Novamente, ao pedir para pagar, o barbeiro disse:


- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.


O deputado ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, quando o barbeiro veio abrir sua barbearia, havia uma dúzia de deputados fazendo fila para cortar cabelo.

Essa história ilustra bem a grande diferença entre os Cidadãos Empreendedores do nosso país e os políticos que o administram.

21 de novembro de 2010

O processo da elaboração da cerveja

Festa das Flores


Sem precisar dar uma aula de paisagismo ou de jardinagem, vamos dar uma olhada na imagem.


Primeiro salta a vista a desproporção entre o tamanho do canteiro e o espaço, as poucas flores se perdem na imensidade do jardim.


Segundo, o canteiro é mais um canteiro de chips de madeira que de flores e plantas, as plantas de flor de época somem dentro do próprio canteiro.


Terceiro, o mato em volta toma conta, abafa as flores e mostra o estranho conceito de qualidade que o serviço publico promove, deixando os canteiros totalmente rodeados e tomados por mato e inços.


Quarto, a insistência em plantar flores de época, que não duram em espaços públicos como este trevo entre os bairros Bucarein, Boa Vista e Guanabara, perto da ponte do trabalhador. Plantar flores de época nestes ambientes abandonados é um desperdiço de dinheiro publico e de esforço.


Quinto, insistir em tratar os parques (inexistentes) e os jardins como temas secundários, que não precisam de técnicos, nem de conhecimentos específicos e condenar Joinville a seguir desperdiçando recursos e mantendo os canteiros com mais mato que flores.


Um texto bem didático, para mostrar como a quantidade de erros é maior que a quantidade de acertos. Alias espero os seus comentários, quais os acertos que você identifica na imagem?

20 de novembro de 2010

Defensas (*)



Defensas

O objetivo de instalar as chamadas “defensas” nas ruas é o de proteger os pedestres, evitar que se atrevessem as ruas fora dos lugares adequados, reduzir o risco de atropelamentos, em definitiva melhorar o nível de segurança urbana. A sua utilização acabo distorcida, descaracterizada e servindo exclusivamente para veicular publicidade, que entre outras coisas acabam distraindo motoristas e aumentando a insegurança que deveriam reduzir.

Sem entrar no mérito do modelo de licitação que foi feito, que parece priorizar a veiculação da publicidade frente a segurança de pedestres e motoristas. É evidente que as defensas não defendem. A pergunta agora deve ser e agora Zé? Porque alguma coisa deve ser feita. Fazer de conta que tudo esta certo e que não tem nenhum problema, como tem sido a atitude habitual dos responsáveis pela gestão e fiscalização destes contratos, não é nem correto, nem adequado.

Algumas perguntas podem ajudar a esclarecer o porquê desta distorção. A primeira, quais os pontos perigosos, de acordo com os estudos técnicos, que identificam um percentual elevado de atropelamentos de pedestres por atravessar fora da área determinada? E bom lembrar que este é o objetivo das ditas defensas. Segunda, quantas defensas sem publicidade devem ser instaladas por cada uma que explore comercialmente publicidade? Em que pontos estão localizadas as defensas, detalhando as que veiculam publicidade e as outras. Finalmente, quantas defensas existem em Joinville, em que estado se encontram, o seu nível de manutenção.

São perguntas simples, que a Conurb deveria poder responder em menos de 24 horas, porque é imprescindível que disponha destes dados permanentemente atualizados para poder gerenciar, com transparência, o contrato com a empresa que detém a permissão de exploração de publicidade em defensas. Praticamente os mesmos questionamentos poderiam ser feitos com relação as placas de rua, que também são gerenciadas pela Conurb e como no contrato esta autorizada a exploração comercial, como forma de remunerar a colocação de placas em todas as ruas da cidade. As respostas serão muito interessantes e reveladoras.

Pusilânimes e venais

A Câmara de Vereadores de Joinville convocou uma nova audiência publica para debater com a sociedade mais mudanças de zoneamento, neste caso, esta em pauta de novo a redução de um pedaço mais de ZR1 (Zona Residencial Unifamiliar) que tão perigosa parece aos urbanistas e legisladores, pela freqüência com que propõem a sua extinção.

Estão incluídas na pauta as Ruas Lages, Marechal Deodoro e Ararangua, todas elas residenciais, a falta de fiscalização do poder publico e omissão do legislativo de um lado e a pressão imobiliária para o ganho fácil, fazem que projetos deste teor tenham guarida e acolhida fácil no legislativo municipal e contem com o apoio dos urbanistas do IPPUJ.

Joinville perde qualidade de vida e o contra senso do poder publico, mergulhado no seu labirinto particular, faz que num dia os técnicos do IPPUJ proponham intervenções para trazer de volta ao centro os moradores que as próprias ações do poder publico expulsaram e no dia seguinte apóiem a expulsão de uma nova leva de moradores, para ceder a pressão e os interesses do poder econômico.

Parece uma resposta justa, para uma Joinville entregue nas mãos de pusilânimes e venais de um lado e omissos pelo outro

19 de novembro de 2010

Obras no Rio Morro Alto - América

As audiências publicas estão sendo banalizadas até o ponto que servem para não informar nada ou não resolver nada, um bom exemplo foi a realizada na sede da Amunesc na Rua Max Colin, para informar aos moradores do Bairro América do andamento das obras de retificação e canalização do Rio Morro Alto.

A representante da Associação de Moradores do Bairro América enviou o seguinte relato, em azul.

Senhores

Ontem na audiência, cronograma apresentado da obra foi de FEV. á Nov. 2010, solicitado o cronograma detalhado e fluxo provisório do transito local (alterado devido a obra).

Informou-se estar no site da PMJ no logo VIVA CIDADE.

Hoje entre não está no site, não apresenta nenhuma informação.

Liguei para central VIVA CIDADE falei com Jean, este informou que o cronograma da obra está no canteiro de obra, solicitar com Eng. Paulo.

O Fluxo do transito provisório será colocado no site nas datas próximas as intervenções dos trechos.

Ou seja não tenho nenhuma informação para agregar!!!

Não é de hoje que intentar acompanhar o andamento das obras publicas tem se convertido numa labor para heróis.

Descobrimos a jogada do Joinville Panzers


Joinville Panzers ganhou mais uma

Numerologistas ou Onomásticos?

Numerologistas ou Onomásticos?


Tenho me esforçado muito na compreensão dos modelos praticados sobre a ciência ou técnica do urbanismo, se é que poderíamos considerar o emprego da palavra urbanismo praticado em alguns territórios, poder ser considerado uma técnica e menos ainda uma ciência.


Afirma-se que urbanização é o processo pelo qual a população urbana cresce em proporção superior à população rural. Jorge Wilheim em Urbanismo no Subdesenvolvimento disse que a Revolução Industrial gerou a urbanização, “transformando os centros urbanos em grandes aglomerados de fabricas e escritórios permeados de habitações espremidas e precárias.”


Sem avançar na elucidação das causas, o processo da urbanização gera os problemas que deterioram os espaços urbanos, pressionam áreas rurais limítrofes e destroem os ambientes naturais estratégicos, encarados conjuntamente imprescindíveis a nossa sustentabilidade.


Podemos facilmente constatar suas conseqüências: desorganização social, insegurança, carência de habitação, saúde e saneamento básico, falta mobilidade, educação, emprego. Modificamos a utilização do solo de áreas rurais diminuindo a capacidade de produção alimentar, colocamos em risco a capacidade de reposição de água potável dadas pelos ambientes naturais.


Na forma de consumir os ambientes e seus produtos, poluímos ar e água, destruímos a camada de ozônio, tornamos oceanos em mais ácidos diminuindo suas possibilidades de ambiente de vida, já excedemos em 12% a produção dita segura de CO2 provocando o aquecimento global, inflacionamos as perdas de biodiversidade. Em suma transformamos a paisagem de nosso território, que somados a outros repercutem negativamente de forma global.


Uma das formas de contribuir com nosso mundo serão através de novos modelos de urbanificação, que se obtém com um processo deliberado na correção da urbanização. Tal modelo exige grande esforço democrático, participativo, político, educacional, técnico e científico envolvendo todos que vivem no território.


Mas como caminhar para urbanificação, se as formas de procedimento na construção das leis de nosso ambientes construídos ou naturais utilizam as mesmas e velhas formulas que nos fizeram chegar a este ponto, no limite das capacidades do ambiente. Continuamos acreditando na tecnologia embarcada que criamos, e que como por mágica ira nos salvar quando batermos no muro.


São técnica e ciência as alterações de leis que nos regulam o uso de nossos solos, quando não sabemos de onde saem números ou dados? Por que 18 ou 2 andares? Por que não 11, 12, 13, 15, 43 ou 45 conforme o partido da vez, ou mesmo 3,1416, o número PI que tanto encanta arquitetos e engenheiros desde os tempos das pirâmides? Que tal usar a toesa (1,98m) criada por Fourier, o pai do zoneamento moderno? Penso em recorrer a um numerologista, pois este me informará sobre a influência dos números na vida das pessoas.


De onde saem tantos Zes, Ces e Erres? Já sei, vou procurar um onomástico, técnico da antroponominia que é o ramo da lingüística que dedica estudo explicando os nomes.


Já ultrapassamos os limites permitidos para timidez, amadorismo e tradicionalismo no que se refere aos projetos dos anseios e necessidades desta cidade. Ninguém protesta, mas será que adianta?

Arno Kumlehn

Arquiteto e Urbanista

Para pensar acordado


"Quando o direito ignora a realidade, a realidade se vinga ignorando o direito."

A frase foi cunhada nos anos 40 pelo jurista francês Georges Ripert, célebre professor e reitor da Faculdade de Direito de Paris

18 de novembro de 2010

Transito

Sem ser machista, até porque eu dirijo de regular para mal, os técnicos da Conurb identificaram a principal causa da lentidão do transito em Joinville. As culpadas são as motoristas, que são capazes de parar o carro em quaisquer ponto e interromper o transito.

Veja o flagrante do carro estacionado em fila dupla, com pisca alerta ligado. Um perigo.


Sinalização na Rua XV





A reforma da Rua XV no centro de Joinville nem foi concluída e já começaram as conhecidas e populares enjambrações. Como não foi prevista a colocação das placas que regulamentam o estacionamento rotativo na ciclovia de concreto, foi preciso improvisar e nisto a Conurb é campeã, olha o invento. Além de avançar sobre a rua com um elemento estranho e de dificultar as manobras para os motoristas, a base da placa segue o padrão da maioria das obras do município, mal projetada e mal acabada.

Seria muito conveniente verificar se o erro é de projeto (IPPUJ), de execução (Conurb) ou de fiscalização (Seinfra)

17 de novembro de 2010

Novo furo do blog


O projeto dos novos elevados disponível para os leitores do blog. Conseguimos em exclusiva o projeto preliminar de um dos elevados que teremos em Joinville em breve, como símbolo da pujança e da liderança da maior cidade de Santa Catarina

Jardins de Joinville


Jardins de Joinville


Nenhum jardim me parece tão emblemático como o jardim da Prefeitura Municipal, ele transmite uma mensagem clara, sobre a importância que a gestão municipal dá para o verde da cidade das flores.


A primeira impressão é que para os canteiros foram utilizadas todas as flores que sobraram dos outros canteiros da cidade, sobrou uma caixa de torenia, plante aqui. Sobraram duas caixas de begônia, então não desaproveite, plante aqui ao lado. Os beijinhos que sobraram no canteiro desde o inverno passado teimam em crescer no meio das outras flores e o resultado é uma mistura de tudo. O resultado se fosse o quintal florido da residência da Frau Brietzig na Rua Max Colin, seria elogiável e teria ainda um muito de autentico e de original. Quando referido a sede do executivo municipal a mensagem é a de uma caótica desorganização e da total falta de responsável ou autor pela obra.


Faltam arvores e vegetação de porte ao jardim e os poucos ipês que, com teimosia, tentam prosperar próximos ao Tênis Clube depois de mais de 20 anos de plantados, ainda não desenvolveram um porte adequado, o que para bom entendedor, evidencia que, alem de não receber nem um pouco de fertilizante já faz alguns lustros, o solo do jardim não deve ter sido preparado da forma adequada e até agora nenhum dos técnicos e especialistas que diariamente transitam pela sede do poder municipal, tem mostrado muito interesse em cuidar deles.


A impressão geral para um leigo é que se o jardim do Paço Municipal apresenta tal estado de abandono e desatenção, pouco se pode esperar da administração municipal nesta área. Porque se este jardim que esta literalmente frente ao olhar permanente do prefeito e dos principais secretários, não tem merecido maior atenção, aqueles, outros jardins, localizados mais distantes, certamente oferecerão um aspecto bem pior.


Quem entende um pouco mais, acha que se alguém deixasse para cuidar um vaso de flor a algum dos responsáveis da área, o mais provável é que, a planta, não durasse mais de 15 dias, porque quando tivesse água, faltaria o regador, e quando tivesse o regador, faltaria o adubo. E no dia em que estivessem disponíveis água, regador e adubo, seria feriado ou ponto facultativo, impossibilitando o trabalho.



Publicado no jornal A Noticia de Joinville

Como é e como vai ficar


Para quem mostrou interesse no post Videogame, uma amostra grátis. Uma parte do Bairro Boa Vista como é hoje e como vai ficar quando todo o potencial construído seja aplicado.
Quantas pessoas moram e quantas morarão.
Quantos veículos tem hoje e quantos terá.
Quantos litros de agua se consomem e quantos serão necessários para atender as demandas.
Quantos metros cúbicos de esgoto se produzem hoje e quantos produzirá.
Quantas crianças em idade escolar e quantas novas salas de aula serão preciso construir.

Informações precisas que são imprescindíveis antes de propor mudanças que promovam o adensamento alem do bom senso e da capacidade real da infraestrutura existente.

16 de novembro de 2010

Felicidade


Não ter parques nos faz mais felizes?


De acreditar na frase: 'Não possuir algumas das coisas que desejamos é parte indispensável da felicidade.' Bertrand Russell


As vezes por linhas tortas descobrimos que o poder publico se preocupa pela nossa felicidade, que quer que sejamos mais felizes e cuida todos os dias que não alcancemos tudo o que desejamos.


E eu era dos que achava errado que as nossas ruas não tenham arvores, nossas praças não tenham cor e nossos parques sejam um sonho distante e quase inatingível. Agora me dou conta de como estava equivocado. Tudo isto é feito pela nossa felicidade.


Obrigado e desculpem a minha ignorância.

Lei 8.666

Lei 8.666


A lei 8.666 é a que regulamenta as licitações publicas, as compras de produtos e serviços por parte de órgão públicos, deve seguir a risca os critérios e procedimentos estabelecidos na lei. 99% dos administradores públicos responsabilizam a lei pelas dificuldades que diariamente enfrentam na hora de adquirir produtos e serviços. Vem na lei uma camisa de força que dificulta e em alguns casos inviabiliza a própria administração publica.


Na verdade a lei 8.666 nem é tão ruim assim. É muito rígida em alguns pontos e tão frouxa em outros que continuam ganhando as concorrências muitas das velhas conhecidas de sempre. O que alem de não ser especialmente bom, prova que os administradores públicos têm sabido adequar os seus processos licitatórios a legislação.


Se a famigerada lei 8.666 rege a administração publica nos três níveis, federal, estadual e municipal e em alguns casos a lei funciona, porque em outros não? Na maioria destes casos as licitações não têm o embasamento técnico necessário, faltam especificações, os projetos estão incompletos e o nível de detalhamento é inadequado. Como o comprador neste caso somos todos, acabamos pagando caro, por um serviço que não atende ao solicitado.


Alguns exemplos para ilustrar, se o objetivo é adquirir um determinado veiculo, só precisa identificar alguma característica especifica como o tamanho do bagageiro, ou o volume do tanque de combustível. Estas especificidades permitem que no processo licitatório só um veiculo reúna as especificações. Ou ao contrario, se a licitação deixa as especificações bem laxas será muito fácil permitir que produtos com baixa qualidade as atendam. Um caso amplamente divulgado na imprensa foi o do fornecedor de merenda infantil que precisava entregar cenouras e ervilhas, na mesma lata, não sendo permitido fornecer as ervilhas e as cenouras em latas separadas.


Especificar com precisão, detalhando as medidas, o modelo, o prazo, os materiais, ou exigindo certificação que ateste a qualidade, são obrigações que toda licitação deve cumprir e que o comprador deve exigir. Projetos executivos detalhados, com orçamentos justos e ajustados aos valores de mercado evitariam a pratica de aditar contratos, que de tão comuns já nem surpreendem. Finalmente e não menos importante fiscalizar de forma eficiente, exigindo que seja executado exatamente o que foi licitado, no prazo. Se isto fosse seguido, provavelmente Joinville já teria algum parque inaugurado faz anos.

Para pensar acordado

O maior castigo para quem não se interessa por política é ser governado pelos que se interessam demais.


Arnold Toynbee (1852- 1883), economista inglês

15 de novembro de 2010

Estacionamento criativo


A criatividade de um motorista búlgaro, para resolver o problema da falta de estacionamento em Sofia, capital da Bulgária.

Ilha de excelência ou miragem?


Ilha de excelência


A Companhia Águas de Joinville se erige numa ilha de excelência, no meio de uma administração publica medíocre. De confirmar-se as informações divulgadas pela Assessoria de comunicação da empresa, estamos frente a uma raridade no serviço publico municipal.


Alem da certificação ISO e vários programas de qualidade, tem canteiros de obras em praticamente toda a cidade do Espinheiros ao Jardim Paraíso, do Vilanova ao Saguassu. Mesmo estando regida pela lei das S.A. e entre outras, pela tão criticada Lei 8.666, a empresa municipal consegue manter no prazo um cronograma de obras arrojado e apertado.


Como quando a esmola é demais o santo desconfia, seria bom que a CAJ fizesse duas coisas: a primeira, compartilhasse com a sociedade tanto a relação das obras, como o cronograma e os valores contratados, para que fosse mais fácil acompanhar a veracidade das informações e poder divulgar os sucessos desta ilha de excelência, no meio do marasmo em que esta submergida a administração municipal. A segunda que transferisse as demais empresas municipais, fundações, secretarias e aos demais órgãos da administração direta e indireta a receita do seu sucesso. Porque não é justo que este notável desempenho seja guardado a sete chaves e não seja dividido com todos os demais membros da administração municipal.


Queremos uma administração municipal melhor, mais enxuta, mais eficaz, eficiente em suas ações e orientada ao cidadão. Se o exemplo a seguir, estiver ao alcance de todos, nada mais justo, que seja socializado com todos.

Europa é diferente (*)


Europa é diferente


Vez por outra Europa entra nas conversas como referencia, como modelo. Definitivamente não tudo o que vem de lá é melhor, como não todo o que temos aqui é ruim.


A Europa tem as suas monarquias, os reis, rainhas, princesas e príncipes, formam as casas reais e como uma grande família vez por outra se reúnem em casamentos, velórios e aniversários. Um dos grandes casamentos recentes foi o da princesa Victoria, herdeira da coroa sueca é filha de uma brasileira, a Rainha Sylvia. A princesa casou com o seu personal trainer, numa atitude plebéia, o seu irmão o príncipe Carlos Felipe namora a simpática Sofia uma modelo e striper profissional. No que poderíamos considerar uma família completamente normal.


Aqui no Brasil republicano, estamos caminhando na direção de um modelo interessante, a monarquia eletiva. O candidato a Rei, Lula I, acompanhado pela Rainha Marisa, reúne a corte republicana na Granja do Torto, para animadas Festas Juninas. As pesquisas de opinião que dão ao rei uma aprovação de inacreditáveis 80 %, aproximam a nossa realidade, da das monarquias absolutistas, se naquela época tivesse também institutos de pesquisa. Brasília emula a Versailles, tanto pelo luxo que ostentam os membros da corte, como pela forma como distribuem benesses e proventos aos amigos do rei. A conhecida frase do Rei Sol, “o estado sou eu”, ganhou novo significado na voz de Lula I.


Voltando ao casamento real sueco, dois pontos para comentar, o primeiro e que a sociedade sueca achou estranho que os recém casados fossem passar a sua lua de mel na Polinésia, e o fizessem a bordo do avião particular do milionário sueco Bertil Hule, que também emprestou o seu iate. A sociedade sueca entendeu que o desprendimento do empresário, pode ter outros objetivos, menos prosaicos e que receber este tipo de agrados, pode ser considerado corrupção. Aqui no Brasil a sociedade é menos susceptível a este tipo de coisas e acredita piamente que não tem nada de errado em presidentes, reis e príncipes podem receber todo tipo de presentes, sem que isto possa despertar suspeitas. O outro ponto de destaque é a chegada a festa de casamento da Rainha Beatriz de Holanda, ela o fez utilizando o ônibus circular numero 4. As empresas Gidion e Transtusa estão cogitando contratar a simpática Rainha Holandesa, para que seja a estrela da próxima campanha, para estimular o uso do transporte coletivo em Joinville. Europa é diferente.


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