22 de dezembro de 2007

Jornais


A Noticia, A Gazeta de Joinville, O Joinvilense, O Vizinho, Noticias do Dia, O Jornal Cidade de Joinville...além de muitos outros.
Será que o joinvilense terá tempo para ler tanto jornal?
A maioria destes jornais veio para ficar,ou são simplesmente o sonho de uma noite de verão?
Será que existe alguma relação entre os candidatos a prefeito, na próxima eleição e estes jornais?
Porque alguns candidatos aparecem fortemente vinculados a determinados jornais?

21 de dezembro de 2007

As crianças e o Natal



Sinceramente, as crianças estão cada dia mais espertas, não é fácil enrolar esta turma.

Vejam um exemplo, outro dia um menino de poucos anos, me comentou intrigado que não estava conseguindo entender direito esta historia do Papai Noel.

Ele considerou que uma boa parte da população do planeta, não contam com os serviços do Papai Noel, neste grupo inclui os budistas, judeus e muçulmanos, numa continha rápida.

Acrescentou ainda ao seu raciocínio que entre os cristãos, teriam que ser considerados, os que recebem os presentes do menino Deus e os que pedem os seus presentes aos reis magos, de acordo com as diversas tradições e costumes.

No caso de Joinville, e por colocar um exemplo simples, ele fez o seguinte raciocínio, vocês sabem coisa de criança, se a cidade tem 600.000 habitantes e o lar joinvilense médio tem 4 membros, estaríamos falando de 150.000 lares que receberiam a visita do bom velhinho, na noite do dia 24. Por rápido que seja o serviço de entregas e desconsiderando o fato que um trenó puxado por meia dúzia de renas, não é o melhor meio de locomoção. O tempo médio de entrega, para cada lar, não poderia ser inferior a 3 minutos, a conta seria de 450.000 minutos, ou 7.500 horas, ou o que seria a mesma coisa 312,5 dias, quase um ano.

Mesmo contando com a ajuda de voluntários, o menino esta convencido, que o Papai Noel, deve ter contratado um serviço de logística, que só uma empresa, com presença global e com uma estrutura altamente especializada, teria condições de processar os pedidos, planejar as entregas e proceder as entregas no exíguo prazo requerido e ainda atendendo os rigidos padrões de qualidade exigidos pelo Papai Noel.

Por um lado, fiquei preocupado com a lógica do menino, por outro lado comecei a me apavorar, quando ele começou a calcular o peso médio de cada presente.

Definitivamente, vivemos tempos interessantes.

Eu em todo caso aproveitei para pedir, uma Joinville melhor, uma cidade que esteja voltada ao cidadão, e paz e amor. Agora vou esperar acordado, para verificar esta tal empresa de logística. Feliz Natal

20 de dezembro de 2007

Super Mega Plano


Texto elaborado a quatro mãos por Jordi Castan e Sérgio Guilherme Gollnick

O Mega Plano Joinville

Do trabalho e divulgação que o AN Cidade fez em relação ao Mega Plano de Investimentos proposto a Joinville pela administração municipal, foi possível ter uma visão um pouco mais clara deste imenso apanhado com o pomposo titulo 825 milhões de Investimento, apresentado a poucos e discutido com ningém, dando a impressão de que estamos na antevéspera do grande salto qualitativo, que mudara para sempre o futuro da nossa Joinville.

Uma análise, mais conscienciosa, evidencia, que a proposta tem muitas coisas boas e muitas coisas novas e, parafraseando a Churchill, podemos dizer que as boas não são tão novas e que as novas não são tão boas. Em sua maior parte, as propostas apresentadas confundem ao eleitor, porque é evidente que o projeto é um pano de fundo da campanha eleitoral, cujo único objetivo foi dar o pontapé inicial às eleições municipais de 2008, mesmo que o alcaide não seja candidato.

Das propostas apresentadas, boa parte já se conhecia, algumas executadas, outras em execução, numa miscelânea de ações pontuais, sem mudanças estruturais e, principalmente, sem uma mudança na conduta administrativa para com Joinville. Do lema marqueteiro que acompanhou o lançamento, Joinville Mais, já condenado pela Ministério Público, fica a impressão que estamos falando apenas de quantidade quando deveríamos estar buscando qualidade ou, então quem sabe, o lema Uma Joinville Melhor.

Este requentado de propostas que mistura projetos, idéias, quimeras e outras fantasias, que durante anos tem repousado nas gavetas da prefeitura, nada indicam de concreto nem de efetivo, lembrando que ao findar do próximo ano a caneta muda de dono.

O que considero grave é a falta de uma estratégia de desenvolvimento, algo realmente estruturante. Nada se sabe sobre áreas de lazer, que a população tanto necessita, nada se percebe de palpável sobre ações de infra-estrutura viária como a duplicação da Marques de Olinda, nada que não seja um apanhado de ruas com um nome pomposo. É necessário um grande esforço para imaginar qual a cidade surgirá deste pacote de investimentos, mas é possível imaginar um operoso trabalho protagonizado pela administração municipal num cortar e colar, com pouca criatividade, sem propostas novas e, o mais grave, sem a opinião e participação da sociedade.

A proximidade das datas natalinas nos remete a imaginar os traços da carta que uma criança encaminharia ao Papai Noel, misturando desejos, sonhos e vontades, sabendo porém que o orçamento não poderá atender a tudo. Enfim, mais a cortina de fumaça cujo factoide já foi criado.

17 de dezembro de 2007

O Dilema do Secretário



Ao longo da nossa recente história política, Joinville tem dado uma forte contribuição ao desenvolvimento do Estado de Santa Catarina,que contou com alguns dos melhores nomes da nossa cidade para cumprir a dura missão de, longe de casa, dar a sua parcela de contribuição para construir uma sociedade melhor, mais digna e mais justa.

O nosso perfil, em geral, está voltado a fazer bem feito, à honestidade, à retidão e à integridade, que são as características que melhor definem o perfil dos joinvilenses.

O governador Luiz Henrique gosta de citar uma frase, atribuída a Ulyses Guimarães, esclarecedora e que move a reflexão: ”Pior que esta legislatura, só a próxima”. Evidenciando o gradual empobrecimento dos valores da nossa sociedade.

Acontece que, nos últimos dias, os jornais do estado noticiam a delicada situação política em que se encontra o Secretario da Fazenda, por cometer o “perigoso delito”, de não ter jogo de cintura, de ser profissional, de ser um técnico, de primar pelo fazer bem feito.

Não deixa de ser surpreendente (e ao mesmo tempo preocupante) que alguém possa ser penalizado pela seriedade do seu trabalho, pela retidão da sua ação, pela sua inteireza de caráter. Que o estado possa abrir mão da contribuição de um cidadão, que deixa de lado a sua família e os negócios, para de uma forma desprendida se dedicar a servir ao seu estado.

Imagino que, se preferimos os servidores públicos com mais jogo de cintura, que tenham uma gestão mais política e que saibam atender melhor às solicitações menos técnicas, estaremos avançando a passos largos na construção de uma sociedade com valores morais menores, com referências de conduta acanhadas e com míseros princípios éticos. Construindo, aos poucos, uma geração de pusilânimes.

Tenho a certeza que não deva existir nenhum dilema que possa atormentar o nosso Secretario. Ele sabe que o único caminho é o da dignidade, da honra e da probidade.

Publicado no AN Cidade

14 de dezembro de 2007

A sociedade (in)eficiente



A sociedade em que vivemos é o resultado da contribuição de cada um de nós, claro que alguns contribuem mais e outros optam por ter uma participação bem discreta.

Tem exemplos interessantes que gostaria de compartilhar, um deles é o nosso novo passaporte, em quanto um passaporte brasileiro, tem uma validade de 5 anos, e custa R$ 156,07. Um cidadão europeu, por exemplo, que resida no Brasil, e precise um novo passaporte, recebera um novo documento, com os mesmos padrões de segurança, com validade de 10 anos e, caso seja espanhol, desembolsara R$ 40,70. Fora a diferença do preço, a diferença do prazo de validade. Num calculo rápido a diferença entre um e outro documento e de 750 % a mais para o nosso passaporte.

Enquanto os Detrans de estados desenvolvidos, como Alagoas, para citar um exemplo, envia diretamente para o domicilio do proprietário de cada veiculo, o documento para pagar o IPVA, diretamente no banco, para que ninguém corra o risco de esquecer de pagar na data e desta foram melhore a própria arrecadação do estado.

Outro exemplo e o vizinho estado do Paraná,alem de igualar a eficiência alagoana, ainda envia diretamente ao domicilio, a nova via da carteira de habilitação, quando da renovação, poupando ao contribuinte de ter que voltar, para ver se já chegou.

Aqui no nosso estado, os Detrans disponibilizam espaços privativos, para o atendimento exclusivo, dos despachantes, este grupo de profissionais, que tanto contribui a facilitar a vida dos contribuintes. Evidentemente são dois caminhos distintos.

Parece um jogo, em quanto uma parte busca complicar e dificultar, tudo o que seja possível outro grupo se organiza, para superar as barreiras e dificuldades, que os outros criam. Num eterno jogo de gato e rato.

Em quanto um ministro da desburocratização, no século passado, tentou simplificar a vida do cidadão contribuinte, revogando decretos, portarias, instruções normativas, memorandos e outros mil artifícios que conspiram contra o contribuinte. Uma nuvem de aplicados burocratas, reduzem o prazo de validade dos documentos, mudam o modelo do formulário, aumentam o valor das taxas, criam novas exigências.

E pensar que no Japão não tem cartórios, como será que eles fazem?

Nada que R$ 50 a mais não resolvam.

Publicado no AN Cidade

Abrigo Animal (2)

Em tempo, o projeto encaminhado a Camara de Vereadores de Joinville, praticamente dobra os recursos, repassados pela Prefeitura Municipal, se ainda não resolve, tem que reconhecer que é uma grande ajuda.

13 de dezembro de 2007

Caiu a CPMF


É agora...???

Qual será a nova garfada????

O PERDE-GANHA DO "NÃO" À CPMF
por Paulo Rabello de Castro, na Folha de S. Paulo, 19.12.07.

Feitas as contas, aparece o quadro que já tinha ficado claro para muitos: com o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), perde o governo -só a curtíssimo prazo e muito menos do que alardeava-, mas ganha a sociedade, imensamente. O movimento contra a prorrogação, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atribuiu a "sonegadores", partiu justamente dos setores que mais recolhem a CPMF (portanto, não sonegam nada) e depois transferem o tributo ao contribuinte final: o povo. Empresários e produtores naturalmente transferiam o ônus final da CPMF para os contribuintes invisíveis, o cidadão que entra na loja ou no supermercado e não vê o tributo embutido no preço da sua compra.

Com a extinção da CPMF, o ganho da sociedade não é só financeiro, mas institucional. Ao contrário do que reverberou o governo no auge da disputa, os milhões de indivíduos que se mobilizaram para pressionar o Congresso contra a CPMF não são um "bando de irresponsáveis". Irresponsável foi o governo por contar com o tributo provisório para financiar despesa permanente, logo com a saúde. Agora é preciso fazer aprovar a emenda 29, da saúde, essa, sim, fonte permanente e estável para o financiamento do SUS. A era da improvisação e do assalto ao bolso do contribuinte parece estar acabando. Essa é a melhor notícia que a sociedade poderia dar a si mesma com um recado claro ao governo, sobre os limites do poder de tributar.

Deu-se um "basta" à estrutura fiscal de fancaria que impede o Brasil de se tornar um país normal em termos tributários e de controle de gastos públicos. O país avançou. É pura ignorância a afirmação circulada, atribuindo ao fim da CPMF o risco de adiamento do "grau de investimento", a ser concedido pelas agências de risco norte-americanas ao Brasil. O país arrecadará em 2008, como decorrência dos 5,5% de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), um acréscimo não previsto de receita fiscal, da ordem R$ 20 bilhões, mais da metade da arrecadação da CPMF perdida. Outra recuperação fiscal fundamental é a que o governo terá quando deixar de pagar a CPMF embutida nos juros de sua imensa dívida pública, algo na faixa de R$ 10 bilhões. Os últimos R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões de recuperação provirão facilmente de remanejamentos de verbas e pela redução de desperdícios catastróficos, num governo que elevou seus gastos em quase R$ 200 bilhões, cinco vezes o valor da CPMF.

O final da história é mais interessante. O "dinheiro de ninguém" da CPMF passará a ter um destino de muito maior produtividade, pois os bilhões do tributo serão despendidos pelas famílias e pelas empresas. Isso significará mais crescimento e mais empregos. O erro palmar do argumento pró-CPMF sempre foi esse: achar que o tributo cria alguma riqueza adicional. Não! A CPMF, ou qualquer outro tributo, é parte da riqueza já criada no setor privado, que o governo confisca para os cofres públicos, reduzindo o bem-estar geral. É o povo que gera riqueza. Também é o povo, não o governo, quem sabe o que mais lhe convém. É o povo, não o governo, o fiel da democracia e da alternância do poder.

Portanto deveriam ter mais vergonha e responsabilidade os que, no dia seguinte a uma pequena revolução silenciosa como essa, da queda da CPMF, pretendem, desde logo, recriar ou elevar tributos, no tapetão execrável da política de conchavos.

12 de dezembro de 2007

Truque de Camelô

Havia algo de errado com o pen drive de 2GB por R$ 49.90, surpreendeu-se o inocente Maurício

A escolinha da Comunidade Paroquial Santa Marcelina acabara de formar uma nova turma. Maurício é um dos 11 jovens antenados que vai receber o diploma do intensivão “Otimismo Constante com G-sus”, com mais de 40 horas-aula.

Depois do bolo floresta negra de supermercado, kibes Barateiro e do cuscuz de sardinha da colega Marlúcia, achava-se um novo homem. Teria ele vencido sua guerra interior contra o negativismo?


Correu para o centro do Rio de Janeiro para atestar, de fato, suas novas habilidades psico-positivistas, conforme defendeu com afinco seu instrutor, o padre Cícero Mathias Conceição. Foi lá, no Centro de Convenção Paraguaia, entre os camelôs, que Maurício encarou sua primeira prova-prática.


Foi um sucesso. Pagou, sem culpa, cada centavo dos R$ 49.90 cobrados por um pen drive de 2GB. No mercado, a média de preço é R$ 150. Um negoção! Ao chegar em casa, a surpresa: caiu no truque da cabeça do cabo USB. A primeira vítima de qualquer guerra é sempre e necessariamente a verdade.


* baseado em fatos reais / ** imagem verídica do ocorrido /

do blog Gongados

8 de dezembro de 2007

Wikipedia

Agora Joinville esta na wikipedia, um exemplo, se você procura na internet
"Boulevar Cachoeira" sera direcionado para o site da Wikipedia, e encontrara....


É um
projeto que corta o Rio Cachoeira, na cidade de Joinville, inicializado no mandato do prefeito Marco Antônio Tebaldi, (PSDB), ainda está em construção. O Boulevar Cachoeira começa em frente a prefeitura e abrange um terço da parte do rio que corta a cidade.

Interesante...vamos voltar a falar sobre este assunto.

As palmeiras morrem em pé




No sesquicentenário da Joinville, as empresas Embraco e Multibras, hoje Whirpool, assumindo a sua cota de responsabilidade social, decidiram presentear a cidade, com a revitalização da Alameda Bruestlein, a nossa popular Rua das Palmeiras. Num trabalho primoroso e bem feito, depois de longos estudos e pesquisas.

Os estudos feitos e os dados levantados mostravam que as palmeiras imperiais trazidas a Joinville, diretamente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, de sementes colhidas da própria “Palma Mater”, estavam iniciando, sua etapa final de vida, e que se nada fosse feito, Joinville perderia um dos seus mais importantes marcos históricos.

O replantio de novos exemplares e os trabalhos de revitalização do espaço permitem que Joinville garanta por outro século, o seu cartão postal, mais fotografado.

Hoje algumas das palmeiras já morreram, mantendo em pé ainda, o seu tronco, mais a copada já não existe mais e é difícil imaginar que alguma alcance os 162 anos, que foi a idade da primeira Palmeira Imperial trazida ao Brasil, por Dom João VI.

Altivas e impressionantes na sua beleza, as palmeiras morrem em pé, majestosas até o ultimo momento.

No nosso Bulevar, também tem sido plantadas, algumas palmeiras imperiais, ótima iniciativa, se alguém não tivesse tido a ousadia de comprometer o seu majestoso futuro, colocando as, num atarracado tubo de concreto, de pouco mais de 40 cm de diâmetro, camisa de força inaceitável, para uma gigante, que ao longo do tempo desenvolve um tronco de mais de 1,50 de dímetro e mais de 60 metros de altura, Não tem perigo que as novas palmeiras cheguem a alcançar a beleza e a imponência das suas irmãs da Alameda Bruestlein, foram plantadas muito juntas, com pouca terra, sobre brita e saibro e comprimidas, num canteiro que não tem o espaço necessário, para permitir o seu desenvolvimento.

Claro que os nossos técnicos, poderiam ter olhado a distancia de plantio, entre as palmeiras da JK, ou das da própria Rua das Palmeiras, ou inclusive as da praça Dario Salles, exemplos não faltam.

Ainda me pareceu temerário abrir o bulevar, sem que a proteção entre os pedestres e o rio estivesse concluída, ficou, no ar, uma mistura de irresponsabilidade, pressa e improvisação.

É uma obra que começou no inicio de Agosto deste ano, que foi anunciada pela administração municipal, desde o ano de 1999, de acordo com a informação publicada no AN Cidade de 17 de Janeiro daquele mesmo ano.

Não caberia por tanto, nem a improvisação nem a pressa. Aquele corre corre de ultima hora. Com certeza as palmeiras do bulevar, se conseguem se desenvolver num ambiente tão adverso, contemplarão desde seu espaço apertado, o desenvolver da cidade no próximo século.


Publicado no AN Cidade

7 de dezembro de 2007

Ainda sobre o Projeto de Lei do Deputado Darci de Matos



Continuando com o debate, sobre o infeliz projeto de lei, elaborado pelo deputado estadual Darci de Matos, a Secretaria de Agricultura do Estado de Santa Catarina, a traves da diretoria de Qualidade e Defesa Agropecuária, elaborou o seguinte parecer técnico, que claramente mostra a improcedência da proposta.

Leia e tome a sua decisão...


PARECER TÉCNICO Nº 03/2007


Referência: Projeto de Lei Nº 0375.7/2007, que “Dispõe sobre a proibição da venda de flores, plantas e produtos correlatos em estabelecimentos que comercializem alimentos no Estado de Santa Catarina”.

O presente Projeto de Lei prevê a proibição de flores, plantas e produtos correlatos em estabelecimentos que comercializem alimentos no Estado de Santa Catarina. Este PL atinge principalmente os supermercados e mini-mercados onde ocorre também o comércio de cosméticos, produtos de limpeza, frutas e hortaliças.

É correto afirmar que na produção de flores e plantas ornamentais são utilizados agrotóxicos, porém, não foram encontrados dados sobre intoxicação de humanos através do contato com flores e plantas ornamentais. Os dados encontrados abrangem como forma de intoxicação o acidente individual, ambiental, tentativa de suicídio, etc. Isto não significa que não possa ocorrer intoxicação por contato com flores e plantas ornamentais que foram tratadas com agrotóxicos, porém a probabilidade é muito pequena. Tão pequena que não é especificado nos dados encontrados.

Nos supermercados são oferecidos outros produtos que podem provocar acidentes por intoxicação. Entre os anos de 2002 a 2006, em nosso estado, constatou-se a ocorrência de 66 casos de intoxicação por acetona, 37 por perfume a base de álcool etílico e 31 por ingestão de shampoo . Esses são cosméticos que são comercializados em supermercados.


Em Santa Catarina, entre os anos 2002 a 2006, foram constatados 392 casos de intoxicação por água sanitária, 53 por Pinho Sol e 116 por Soda Cáustica, todos produtos ofertados em supermercados e mini-mercados que também comercializam alimentos.

Os dados acima mencionados foram fornecidos pelo Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina – CIT/SC - Órgão Público vinculado à Diretoria de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde que tem como objetivos a sistematização, ampliação e difusão de conhecimentos técnico-científicos no campo da Toxicologia.

Considerando:

- A baixa probabilidade de intoxicação de humanos por contato com flores e plantas ornamentais onde foram aplicados agrotóxicos.

- Os estabelecimentos mencionados no PL, que comercializam alimentos, comercializam também outros produtos que comprovadamente são passíveis de provocar intoxicações em humanos.

- As frutas e hortaliças produzidas no sistema convencional, ou seja, com aplicações de agrotóxicos, também estão presentes nos supermercados e mini-mercados.


Sugerimos:


- O veto total do PL em análise, uma vez que este não atinge os objetivos a que se propõe.

- Que o PL em questão seja analisado também pela Comissão de Agricultura da Assembléia Legislativa deste Estado.


Florianópolis, 29 de novembro de 2007

Eliana Lentz Martins Cantú

Engenheira Agrônoma

Diretoria de Qualidade e Defesa Agropecuária

Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural

5 de dezembro de 2007

"Se pudermos impedir o Governo de desperdiçar o trabalho do povo, sob o pretexto de cuidar dele, este será feliz."

(Thomas Jefferson)

2 de dezembro de 2007

O aumento do IPTU



Em recente entrevista a imprensa, Paulo Skaf, presidente da poderosa Federação das Industrias de São Paulo, declarou, que “o governo arrecada muito e gasta muito e gasta mal” a afirmação não é novidade, mais é significativa, no momento em que as entidades empresariais, com diversos tipos de intensidade e comprometimento se engajam, numa luta não só contra a renovação da CPMF, como contra o aumento dos impostos de uma forma geral e contra a voracidade do estado.

A fúria arrecadadora dos nossos administradores públicos, esta mais ligada ao aumento desenfreado da estrutura publica e ao fato de gastar mal, gastando muito no custeio e ficando sem recursos para as obras de infra-estrutura e para os investimentos tão necessários para o pais.

No caso de Joinville, algumas noticias recentes, merecem atenção, a primeira é a informação que o IPTU, devera aumentar para o próximo ano, mais de 50 %, acima da inflação, por conta de uma nebulosa desatualização histórica, que nunca se atualiza definitivamente e que serve, sempre para dar mais uma mordida, no contribuinte.

Outra informação traz a luz, que a maior empregadora do município, é a nossa prefeitura que com aproximadamente 12.000 funcionários, aos que ainda é preciso somar os professores, uns 1.200 e os ligados a Conurb, em resumo, quase três vezes mais, que as maiores industrias da cidade, logicamente a maior “empresa” da cidade precisa ser uma voraz, maquina de arrecadação.

Para concluir, a declaração surpreendente do presidente da ACIJ, considerando “aceitável” um aumento superior a 50 %, para o IPTU. Não parece aceitável, que não exijamos do poder publico os mesmos critérios de produtividade, eficácia e eficiência, que o setor privado pratica, querer justificar o inaceitável é difícil de aceitar.

Claro, que o Brasil, é um pais cheio de contrastes, em quanto alguns setores empresariais, se empenham em frear a sanha arrecadadora, exigem redução de custos e melhoria da eficiência da maquina publica, outros se empenham, com muito menos entusiasmo.

A provisoriedade da CPMF



O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, declarou que não existe plano B para a saúde, caso a CPMF, não seja renovada. Na mesma linha o ministro da Fazenda, Guido Mantega e o próprio presidente Lula, têm se posicionado publicamente, estimulando a população a ver a prorrogação da CPMF, como algo inevitável e necessário. Fazendo no poucas das vezes veladas ameaças, caso não seja renovada.

Na realidade, só por conta da falta de previsão do próprio governo, que sabendo, desde faz mais de quatro anos, que a CPMF, lembrando sempre que o P significa provisória, venceria no final de 2007, nenhuma medida foi tomada, nenhum plano B, foi estruturado, previsto ou considerado, para se preparar para a extinção da CPMF.

O próprio ministro ainda esclarece que só 40 % do valor arrecadado com a CPMF, é destinado a saúde. O ex-ministro da Saúde Adib Jatene, culpa o governo e lamenta que não seja destinada a saúde, a totalidade do valor arrecadado e alerta ainda que os problemas da saúde, só teriam solução se todo o valor arrecadado pela CPMF, ao longo destes anos, tivesse sido destinado a área da saúde.

A confirmação publica que os recursos arrecadados pela CPMF, não são destinados ao objetivo que a criou, só pode ser considerado uma irresponsabilidade.

Irresponsabilidade equivalente, a do governo da Bahia, que sabendo do precário estado da Fonte Nova, permitiu que se realiza se o jogo de futebol e ainda permitiu que fossem vendidos os 60.000 ingressos, que correspondiam a sua lotação plena.

Irresponsabilidade, como a acontecida no estado do Para, aonde uma jovem, menor de idade, foi mantida, por mais de 20 dias, na cadeia junto com presos do sexo masculino, numa vergonhosa promiscuidade, que a todos nos deve envergonhar, mais ainda quando a prisão, foi por ordem da justiça e com o conhecimento de uma delegada de policia e com a conivência e omissão da proporia governadora e da estrutura do estado.

É desta forma que são conduzidos os destinos do país, sem planejamento, sem os mínimos critérios e princípios de gestão, ao Deus dará.

Sendo que às vezes dá e às vezes não dá, e quando não dá é sempre o povo quem paga a conta, a conta de imprevisão, da falta de alternativas, da tragédia anunciada, da vergonhosa irresponsabilidade, da precariedade, como forma de ação

Santa Catarina – Argélia



Quando em 1991 a ACIJ, sob a presidência de José Henrique Loyola, dava inicio, em parceria com a HWK ( Câmara de Artes e Ofícios de Munique e Alta Baviera ) e as Associações Comerciais de Blumenau e Brusque, ninguém poderia imaginar a dimensão e os resultados que o projeto de formação de Núcleos Setoriais chegaria a alcançar.

Da iniciativa pioneira das três Associações empresariais do Norte de Santa Catarina, hoje mais de 500 associações de todo o Brasil, mantem e desenvolvem Núcleos Setoriais, das mais variadas atividades econômicas, envolvendo hoje, mais de 50.000 empresários só no Brasil.

O modelo que se disseminou primeiro por toda Santa Catarina, depois pelo país, hoje esta sendo implantado em paises tão distantes como África do Sul, México, Sri Lanka, Uruguai, Chile, Equador ou Moçambique.

O mais recente país, a iniciar atividades com Núcleos Setoriais, é a Argélia, na passada semana, um grupo de 16 empresários e representantes políticos daquele país, visitou Santa Catarina, a convite da Fundação Empreender, para conhecer a realidade que os núcleos da auto-mecanicos de São Bento do Sul, ou de Marceneiros de Brusque, ou de Panificadores de Blumenau, ou dos jovens empresários de Jaraguá do Sul, ou simplesmente o trabalho realizado pelos consultores da Associação Empresarial de Joinville.

Nada foi mais esclarecedor, para os presidentes e diretores das associações empresariais argelinas, participantes da missão técnica e para os representantes do Ministério da Micro e Pequena Empresa, daquele pais africano, que poder ver com os seus próprios olhos e escutar da voz dos empresários de Santa Catarina a importância que o projeto tem. Santa Catarina é um referencial internacional, em desenvolvimento organizacional, um modelo a seguir.

Hoje alem dos mais de 50.000 empresários participantes em núcleos no Brasil, outros 5.000 participam em Sri Lanka e já se formaram 15 núcleos em Argélia com mais de 200 empresários associados.

Empresários que tem, em Santa Catarina, um referencial, um modelo e um parceiro.

Parceria, que iniciou nesta semana, e que terá desdobramentos, nos próximos anos, com a ida de empresários catarinenses a Argélia para disseminar, os seus conhecimentos e com a vinda de empresários, daquele pais, para estagiar em empresas catarinenses, construindo uma ponte de amizade e parceria entre os dois paises.

Publicado no Jornal A Noticia 17 /12 /2007

1 de dezembro de 2007

"Nunca discuta com um idiota,

pois você fica no mesmo nível e,

aí, ele ganha pela experiência".

30 de novembro de 2007

A mediocridade e a mansidão


Ovídio dedicou o poema “Aura Mediocritas” a destacar e enaltecer a mediocridade, Horacio outro autor latino nas Odes, II, 10, 5, utilizou a mesma expressão, para indicar que uma farta mediania é a condição a todos preferida.

E definitivamente mais de 2000 anos depois, os pensamentos dos poetas latinos continuam vivos e atuais. Devemos ainda acrescentar na nossa sociedade, tanto a local, como a nacional, uma cultura para a mansidão, que cresce e se desenvolve a cada dia que passa, ligada intimamente a mediania.

Hoje praticamente ninguém se mexe para protestar contra o que quer que seja, uma minoria escreve cartas as seções de opinião dos jornais, alguns mais comprometidos, militantes de carteirinha, inclusive apóiam, um abaixo assinado, pela internet, sem sair da comodidade do seu lar o do seu escritório. Nem pensar em ser, mais ativistas, a maneira antiga, saindo as ruas, manifestando-se abertamente e pressionando políticos e dirigentes e mudar, a escutar a agir de acordo com os desejos da sociedade.

É nesta sociedade omissa em que impera a mediocridade, numa sociedade que perdeu a capacidade de expressar as suas opiniões. Que persegue ferozmente, aqueles que tem a ousadia, de opinar ou simplesmente aqueles, que tem posições divergentes ou simplesmente distintas.

A nossa cidade é hoje reflexo, como nunca antes, desta omissão generalizada, o que dá condições, para que de uma forma cada vez mais forte, o poder publico imponha, sem a menor negociação, a sua lei, sem precisar escutar a sociedade. Os projetos e propostas, apenas são debatidos, com as instituições representativas da sociedade organizada, convertidas ou em caixas de ressonância ou solenemente ignoradas pelos nossos administradores, quando minimamente divergentes.

Um exemplo interessante, é a forma, quase secreta, como esta sendo discutido o plano diretor de Joinville ou o orçamento municipal, importantes peças legais, que definirão as ações e planos do município para 2008, determinado, não só as obras, atividades e projetos que serão ou não implantados. Determinarão como será a Joinville dos próximos anos. No nível federal não é distinto, com um congresso e um senado que aprova 99 entre cada 100 projetos apresentados pelo executivo, sem praticamente nenhuma alteração, nem discussão, com a sociedade e com o contribuinte.

Reflexo, inequívoco da bovina mansidão, da omissão e da mediocridade que dia a dia nos envolve e governa.


Publicado no AN Cidade

25 de novembro de 2007

Cachoeira Vivo !



Confesso que durante muito tempo, estive enganado, defendi que o rio Cachoeira deveria ser um rio limpo, sem esgoto, sem poluição, sem sujeira.

Nunca aprovei, esta engenhoca maluca do Flotflux, e difícil imaginar, que esta proposta possa ser a solução ideal. Como tampouco posso imaginar que a construção de um muro de concreto que encaixote o rio seja o melhor para a preservação da vida, no Cachoeira.

Recentemente, numa conversa, com uns amigos, tomei conhecimento que o Cachoeira é um rio que esta recuperando a vida, alem dos dois conhecidos jacarés, o Fritz e o Jaca, tem multidão de tartarugas, de preás, de garças, até um que outro socó, as vezes, inclusive, um colhereiro tem feito a sua aparição, para se alimentar da fauna que fervilha nas suas águas.

Altamir Andrade tem dedicado horas do seu tempo a fotografar, filmar e registrar toda a força desta vida e esta empenhado, numa cruzada quase messiânica, a nos mostrar a força do rio vivo.

Na hora, entendi que o nosso desafio é defender, um Cachoeira vivo, cheio de vida, com as margens verdes, sem estes muros cinzentos que estão construindo na frente do nosso paço municipal.

Também conheço bem, a cruzada, que para preservar e recuperar o Rio Morro Alto, a Associação de Moradores do Bairro América, tem travado, envolvendo empresários e vizinhos, defensores, de soluções viáveis, possíveis, adequadas a nossa realidade e aos nossos orçamentos. Soluções simples que funcionam e que são possíveis pela sua própria simplicidade.

Das viagens e das experiências acumuladas ou adquiridas pelos moradores, tem surgido exemplos de cidades tão distantes como Georgetown, nos Estados Unidos, ou Zurich, Baden – Baden ou Estrasburgo, a capital administrativa da Europa unificada, que esta cortada por córregos e canais límpidos e transparentes, exemplos para todos nós, que podem ser aplicados, em Joinville, inclusive em parceria com empresas locais.

As propostas, da Prefeitura Municipal, devem considerar, não só um rio limpo, devem a partir da agora, prever um rio vivo, parece hoje mais adequado pensar em um rio, que na medida em, que deixou de receber esgoto domestico, e faz tempo que não recebe mais poluentes industriais, começa a se recuperar e a ganhar vida de novo.

Devemos defender, não só um rio limpo, vamos defender um Cachoeira vivo, porque da sua própria vida depende, cada dia mais, a nossa.

Publicado no AN Cidade

10 de novembro de 2007

Joinville Solidaria


No dicionário a primeira acepção de solidário é “Que responsabiliza cada um de muitos devedores pelo pagamento total de uma dívida” só a ultima é “Que partilha o sofrimento alheio, ou se propõe mitigá-lo”. É sobre esta solidariedade que gostaria de escrever.

Joinville tem no seu intimo, um forte espírito solidário. Que surpreende ao forasteiro, é muito possível que tenha iniciado, nos primórdios da colônia, quando as famílias precisavam se ajudar, partilhando o sofrimento, para fazer frente as enormes dificuldades e desafios que precisavam enfrentar. Nada tem de extraordinário que naquela época, frente às dificuldades externas prospera se um forte espírito de solidariedade e de apoio.

O extraordinário, a diferença esta, na permanência nos dias de hoje, de um sentimento tão forte, de apoio, de compaixão e de ajuda a quem precisa. É este um dos aspectos que mais marcam na Joinville de hoje. No meio deste materialismo e rodeados cada vez mais pelo egoísmo e pelo mercantilismo, Joinville constrói um futuro diferente, baseado na força da comunidade, no abraço solidário, na força das pessoas.

É esta Joinville, que cresce a partir da iniciativa das associações e das entidades que formam a AJOS, de novo um exemplo a seguir, todas unidas em prol de um objetivo maior. É esta Joinville que contribui com o seu bem mais precioso, o abraço, a mão amiga, o prato quente, o agasalho que combate o frio. Que se doa, que abre mão, inclusive, do convívio familiar, de minutos, às vezes horas, de tempo dedicado ao próximo. É nesta Joinville que devemos acreditar.

A cidade que, sem esperar a presença e o apoio oficial, arregaça as mangas e põe mãos a obra. Esta Joinville, infatigável, inquebrantável, que se desdobra a cada dia, que move montanhas, que não dorme, que não descansa.

A Joinville dos Bombeiros Voluntários, do Lar Abdon Batista, da Mãe Abigail, da Ação Social, da Vila Vicentina, de tantos outros heróis e heroínas solidárias. Que tecem um amanha melhor e fazem com o seu trabalho a diferença.

Publicado no AN Cidade

Assessoria


Shakespeare escreveu em Hamlet, “ ha algo de podre no reino de Dinamarca”.O Brasil adotou o regime republicano, baseado no equilíbrio entre os três poderes, o executivo, em Joinville, representado pela prefeitura e que tem no prefeito o seu líder maior, o legislativo, que no nosso caso é a Câmara de Vereadores e o Judiciário composto pelos juízes e promotores. O objetivo é que cada um dos três poderes, acompanhe as ações dos outros dois, os fiscalize e o tripé garante a democracia e a defesa dos direitos dos cidadãos.

No caso do plano diretor, o executivo elaborou uma proposta, que depois de longas discussões foi encaminhado para o Conselho da Cidade, um grupo formado por 40 joinvilenses, de alto nível, com representantes tanto do executivo, como da sociedade organizada, para que depois de mais de 6 meses de reuniões aperfeiçoaram o documento original, introduzindo melhorias e retirando pontos que desenhavam uma Joinville, distinta daquela que a sociedade deseja, para o futuro.

Misteriosamente este documento final elaborado pelo Conselho da cidade, sofreu nas mãos do executivo, varias mudanças, que o deixou quase igual ao documento original, que a prefeitura tinha encaminhado, alem de criar uma frustração entre todos os que participaram nas discussões. Agora o texto está em estudo na Câmara, assessorada por uma profissional responsável pelo projeto enquanto em poder do executivo, uma situação no mínimo estranha, porque fere o regimento interno do legislativo, que determina que o cargo de assessor de urbanismo deve ser exercido por um profissional isento.

Lamentável ainda que a Câmara tenha durante quase um ano discutido todos os assuntos referentes ao plano diretor e varias alterações a legislação de urbanismo e de uso e ocupação do solo, sem contar com um profissional gabaritado, faz mais de um ano, depois de perder o Arqto. Rui Borba, profissional isento e de altíssimo nível, sem que o seu cargo tenha sido preenchido.

Gera suspicácias e compromete a imagem e a transparência que a Câmara de Vereadores tem conseguido nesta gestão, esta ilegalidade ao aceitar para a assessoria de urbanismo, alguém ligado ao poder executivo, macula o processo e enturva a figura publica dos nossos vereadores e principalmente a do próprio presidente da Câmara. Como dizia meu avo, tem presentes que de graça são caros.

Publicado no AN Cidade

8 de novembro de 2007

Vou trazer de volta valores como o trabalho, o esforço, o mérito e o respeito.


Nicolas Sarkozy, novo presidente da França, no discurso de posse

6 de novembro de 2007

O alto custo de tapar buracos

Depois de ler a matéria, publicada no AN Cidade no domingo sobre quanto custa tapar buracos, nas ruas de Joinville, e de olhar detenidamente a fotografia, comparando com tantas outras ruas que se encontram em igual estado, lembre da rua presidente Costa e Silva, no Bairro América, que é remendada, no mínimo a cada seis meses, e que em menos de 90 dias já volta a encher de buracos, na realidade a rua ficou, como aquela roupa remendada, que tem mais remendo que tecido original, ou tem mais buraco que asfalto original.

Se os remendos duram tão pouco e a qualidade do asfalto, não é a justificativa, então só pode ser a qualidade do serviço, ou da fiscalização. Porque se há procedimentos técnicos para evitar que o remendo não dure, melhorando a técnica de trabalho, e com isto aumentar a duração do remendo e qualidade do trabalho.

Vamos aceitar que os nossos recursos públicos vão todos para tapar os mesmos buracos de sempre? Ou será que em Joinville é a única cidade em que chove, e a alta umidade é a única causa do péssimo estado da pavimentação das nossas ruas?

Nas empresas existe um cuidado extremo em não cometer repetidamente os mesmos erros, para isto, cada erro, problema ou desconformidade e analisado criteriosamente, para aprender com ele e tomar as medidas corretivas necessárias para evitar que se repita.

Com um mínimo de atenção seria fácil verificar que em algumas ruas os buracos se repetem com freqüência e em quantidade muito acima da media, simplesmente continuar remendando, sem utilizar a melhor técnica, ou o material ou inclusive mantendo a mesma empresa contratada é persistir no erro.

Já diz a frase que errar é humano, persistir no erro é....

Publicado no AN Cidade

5 de novembro de 2007

O dinheiro publico é seu

É algo tão evidente, parece uma obviedade, como que o sol nasce pelo leste, mais parece que não temos a consciência que é nosso. Com certeza não administramos o nosso dinheiro, da mesma forma como são administrados os recursos públicos e o pior é que isto não parece nós incomodar, como se por ser públicos fossem dos outros. Aprendi desde criança que é com o dinheiro dos outros que é preciso ser mais cuidadoso, mais transparente e melhor administrador, porque não nos pertence.

No dia a dia temos poucas possibilidades de acompanhar a gestão dos recursos federais, administrados de uma forma distante e pouco transparente aos olhos do cidadão comum, as despesas e investimentos feitos pelo estado, já nós atingem mais de perto, é mais fácil poder sugerir, opinar, porque podemos ver com maior clareza, como e aonde são utilizados, porem é no nível municipal que este acompanhamento se faz mais útil, mais fácil e mais importante.

Como ultimamente o contribuinte tem sido bombardeado, quase que semanalmente com noticias e informações sobre casos de corrupção, podemos imaginar que o nosso trabalho é o de ser fiscais atuantes da corrupção que como uma doença contagiosa permeia todas e cada uma das camadas da nossa sociedade.

Nada mais longe disto, o papel da sociedade é o de alertar, quando um bem ou serviço seja adquirido pelo município por um preço maior que aquele praticado na prateleira do comercio local.

Ou quando por uma ação do executivo municipal, uma área rural, que tinha um valor de R$ 0,60 o m2, passou a valer mais de R$ 8,00 o m2, graças a uma simples mudança de zoneamento, até porque com certeza alguém ficou mais rico, mesmo que não tenha sido você.

Quando a traves de uma outra ação, aprovada pelo Câmara de Vereadores, você veja se instalar ao lado da sua residência, um órgão da administração publica, e a sua tranqüilidade e qualidade de vida for para o espaço, fique tranqüilo, com certeza alguém também ganhou com isto, mesmo que tampouco tenha sido você.

Quando o veja publicada no jornal do município a informação que foi permutada uma área de terra de propriedade do município bem localizada, por outra localizada no cafundó de Judas, você também pode ter certeza que de novo se gerou riqueza, mesmo que não seja a sua.

Não podemos desconsiderar a enorme capacidade que um bom governo tem de gerar riqueza, prosperidade e felicidade, claro que distribuir de forma justa, transparente e com equidade, são outros quinhentos.


Publicado no AN Cidade

1 de novembro de 2007

Os Pequenos Detalhes

Existe o mito que o bom administrador se mede pelas grandes obras, nada mais longe da verdade, é nas pequenas coisas em que se percebe a índole do homem.

Na administração publica não é diferente, dificilmente alguém que não consegue cuidar das pequenas coisas, terá capacidade para cuidar das maiores.

Marcar a diferença não reside na monumentalidade, no colorido, no luxuoso ou original, mas apenas nas pequenas coisas que ninguém nota, exceto quando falham.
É um pouco como no trabalho: raramente nos agradecem ou dão os parabéns por um trabalho bem feito, mas todos reparam quando algo não corre tão bem!
Se nos desleixarmos, rapidamente o que custou a ganhar e a construir esvai-se, nomeadamente a imagem positiva do investimento na qualidade de vida do Joinvillense

O saudoso Harold Nielson, era um bom exemplo, muitos domingos, aproveitava para fazer sua caminhada por Joinville, acompanhado pela sua esposa Rosita e sua câmara fotográfica, de uma forma fria e sistemática, fotografava todos aqueles pequenos detalhes que ele identificava como falta de qualidade, incompatíveis com Joinville.

Na segunda feira pela manha, um envelope com duas ou três dúzias de fotografias era entregue na mesa do prefeito, normalmente acompanhado por algum bilhete. Em questão de minutos todos os secretários e funcionários de primeiro escalão, envolvidos ou atingidos pelas recomendações e propostas eram chamados no gabinete e recebiam copias das fotos do Haroldo, com bilhetes do próprio punho do prefeito e a ordem de solucionar imediatamente.

Alguns dos pontos identificados não tinham uma solução fácil e rápida, mais a maioria eram claramente o resultado do descaso, a desídia e a falta de atenção com os detalhes, costumeira e rotineira das nossas administrações municipais, não daquela, mais de todas as administrações publicas passadas e futuras.

Faz muita falta o olhar do cidadão, que de uma forma desinteressada, olha para a sua cidade, para o seu estado e para o seu país e indica o caminho para que o administrador público possa melhorar a nossa cidade e a nossa qualidade de vida. Fazem ainda mais falta, os administradores que saibam escutar e aproveitar estas propostas da sociedade e deixem de ver nestas contribuições, criticas pessoais, perseguições políticas e deixem de tratar estes cidadãos como inimigos públicos e alvos a desqualificar e desacreditar.

Joinville ganha promovendo este espírito comunitário e acolhendo e escutando as contribuições de todos.

Publicado no AN Cidade

Abrigo animal precisa de ajuda

O Abrigo Animal é uma destas instituições que fazem a diferença, surgiu pela falta da prestação do serviço de retirar das vias publicas e atender os animais abandonados e maltratados, um caso de segurança e de saúde publica. Uma obrigação do poder publico.

Um grupo de voluntários e voluntárias tomou a iniciativa de recolher, atender, recuperar, alimentar e ainda dar carinho, encaminhando se possível a um lar, aqueles animais, que resultado do abandono dos seus donos, ou as vezes inclusive, resultado da própria irresponsabilidade de uns e outros.

Os animais, abandonados em áreas urbanas, representam um flagrante perigo para a população, porque alem de poder transmitir doenças, podem atacar e ocasionar problemas a população.

Nada por tanto, mais lógico que o poder publico, através da Secretaria de Saúde, e do centro do controle de zoonoses cumpra a sua obrigação, de recolher e dar um destino adequado a estes animais. Nada melhor que a não tendo capacidade, estrutura ou competência para fazê-lo, passe a apoiar instituições voluntárias da sociedade organizada, que tenham como objetivo, suprir as deficiências e omissões do próprio poder publico.

Agora que o valor repassado seja de menos de 25 % do custo total, obriga a sociedade a arcar com uma parcela excessivamente grande do total, alem do trabalho voluntário e não remunerado, e que este valor não cubra as despesas operacionais, mais elementares é um descaso e deve nos levar e refletir seriamente, sobre o papel de um estado que arrecada e muito, e alega não ter recursos para apoiar aquelas instituições, que como o Abrigo Animal, estão assumindo e fazendo, com extrema competência, o que a própria administração municipal deveria fazer, por obrigação.

Será que não enxergamos que é mais barato e melhor, quando a sociedade faz e o governo apóia, e quando o governo deixa de apoiar mesmo com recursos mínimos, terá que assumir todos os ônus? E será mais caro para todos?

Será que é tão difícil enxergar que a comunidade cresce quando a sociedade organizada e o poder publico trabalham em parceria, e que quando a sociedade percebe que o poder publico, só busca se aproveitar do trabalho voluntário e do espírito solidário , acaba se afastando e com isto todos perdemos, inclusive você.

Publicado no AN Cidade

Direito é o conjunto de condições que permitem à liberdade de cada um adequar-se à de todos.


Emmanuel Kant (1724-1804), filósofo alemão

28 de outubro de 2007

O outro lado do bulevar

Contrariamente ao que muitos poderiam imaginar um bulevar, não é uma novidade para nossa cidade, menos ainda um bulevar as margens do Cachoeira, já temos um, na margem oeste do rio.

Claro que não é nenhuma Brastemp, nem poderia, mais temos que entender que já tem mais de 25 anos, ao longo deste tempo não recebeu praticamente nenhum cuidado e nenhuma atenção, a ultima foi a calçada em petit pavê, na primeira gestão do saudoso prefeito Wittich Freitag.

As arvores faz lustros, que não vem uma poda, uma singela limpeza e muito menos uma aplicação de fertilizante. As únicas arvores novas, que não formavam parte do projeto original, são uma meia dúzia de goiabeiras, plantadas pela ação da passarinhada, que aléia ao orçamento municipal, tomou a iniciativa. As gardênias que teimosamente sobrevivem, pouco mais da metade que foram plantas faz também décadas, não recebem o mínimo cuidado e as que por um ou outro motivo morreram, nunca foram substituídas, oferecendo o conjunto um aspecto triste e deplorável, incompatível com o que Joinville merece e precisa.

Este outra lado do bulevar, nunca terá o luxo, a sofisticação e a pretensão do seu primo rico. Mesmo que seja mais charmoso, mais tradicional, mais comprido e faça a ligação entre o histórico marco zero, que sinaliza o ponto da chegada dos primeiros imigrantes e o museu de sambaqui que homenageia e resgata a historia dos que estavam aqui antes. A verdade é com bem menos de 10 % do que custou o primo rico, poderia ter recebido uma remoção completa e ainda um pouco do carinho e atenção que lê foi sonegado ao longo dos anos. Tenho quase certeza que a resposta a este carinho teria sido bem recompensada e a cidade ganharia dois bulevares, o rico e este outro mais simples, mais que sem duvida tem tambem o seu encanto.

As obras publicas, sempre são assim, nunca são bem compreendidas pela comunidade, tanto dinheiro investido no Boulevard e agora descobrimos que bem ao lado, já tínhamos um bulevar, menos pretensioso, que tem cumprido em estóico silencio a sua função de servir de caminho a ciclistas e pedestres, que compartilham harmoniosamente este espaço verde, que margeia o nosso Cachoeira.

Um bulevar que com uns trocados poderia ter deixado de ser uma gata borralheira, para se converter na linda princesa.

Publicado no AN Cidade

25 de outubro de 2007

CPMF, sou contra



A partir do blog do Reinaldo Azevedo, não tem como negar, que este é um imposto em cascata....

"Quanto o governo espera arrecadar com a CPMF de 0,38%?

Algo em torno de R$ 40 bilhões, certo? Vamos fazer uma regra de três?
Se R$ 40 bilhões correspondem a 0,38%, que valor corresponderia a 100%?
E você chegará à conclusão, leitor amigo, que os R$ 40 bilhões correspondem à aplicação da alíquota de 0,38% sobre, atenção!:

R$ 10.526.315.789.473,68. Se você tiver dificuldade de ler, eu ajudo: dez trilhões, quinhentos e vinte e seis bilhões, trezentos e quinze milhões, setecentos e oitenta e nove mil, quatrocentos e setenta e três reais e sessenta e oito centavos .

É isso aí. A CPMF incide no correspondente a QUASE CINCO PIBs BRASILEIROS em um único ano. Eis aí! Trata-se da prova material, escancarada, evidente, de que o imposto tributa muitas vezes um mesmo dinheiro e de que TODOS PAGAM . E muitas vezes."

20 de outubro de 2007

Policia Rodoviaria Federal em ação....


Caçado.....foge rapidamente ao ser descoberto



Transito e impunidade

As duas fotografias publicadas no espaço escrito diariamente por Jefferson Saavedra, deixam a quaisquer cidadão estarrecido.

Primeiro pelo flagrante desrespeito a lei que representa um policial rodoviário federal, em posição pouco nobre, escondido a espera de motoristas, que superem a velocidade máxima permitida, no declive reto, frente ao posto Bavária, facilmente identificado pelas fotografias.

Segundo porque a resolução 214 do Contran é clara, quando no parágrafo segundo do artigo terceiro “ ... garantindo a ampla visibilidade do equipamento.” O que claramente não é o caso, pelo que as imagens mostram.

Terceiro, porque também de acordo com a mesma resolução 214 do Contran, não foi cumprido o “ ... “Art. 5º A. É obrigatória a utilização, ao longo da via em que está instalado o aparelho, equipamento ou qualquer outro meio tecnológico medidor de velocidade, de sinalização vertical, informando a existência de fiscalização, bem como a associação dessa informação à placa de regulamentação de velocidade máxima permitida, observando o cumprimento das distâncias estabelecidas na tabela do Anexo III desta Resolução.”

Quarto porque evidencia esta situação, uma pratica comum do serviço publico, a de multar, punir e exercer o poder, de uma forma discricionária, autoritária quase, totalmente impositiva, incompatível, com a garantia dos direitos dos cidadãos e o mais amplo conceito de cidadania.

Quantos dos multados pagaram a sua multa, por não acreditar no sistema de defesa, que a lei garante?

Quantos serão injustamente punidos, pela aplicação da multa desrespeitando a lei?

Definitivamente, como cidadãos devemos mostrar a nossa revolta, frente à impunidade do estado, que parece ter se estabelecido no pais.

Impunidade de quem não cumpre a lei, respeitando os limites de velocidade impostos e impunidade maior de quem burla a lei, para punir, sem intuito de educar e orientar, como estabelecido no Código Brasileiro de Transito, sem respeitar os direitos mínimos garantidos ao cidadão contribuinte. Cada vez menos cidadão e cada vez mais contribuinte.



16 de outubro de 2007

Sobre arborização urbana

Em resposta a alguns artigos publicados no AN Cidade, e preocupado com o descaso, com que é tratada a nossa arborização urbana, Ely Diniz da Silva Neto, envia este texto, que merece uma profunda reflexão.

Claro que ninguém imagina as nossas ruas plantadas com laranjeiras e macieiras, menos ainda com bananeiras, mais a escolha de arvores nativas para o uso na arborização urbana, especialmente aquelas como Aroeiras, Juçaras, Figueiras e tantas outras que atraem pássaros e servem de alimentação a fauna silvestre, que consegue se adaptar e sobreviver no verde urbano.

Nativas Frutíferas

Antes da colonização dos europeus em Joinville, nossas terras eram cobertas pela extinta Mata Atlântica. Extinta porque imaginem que se cortassem suas pernas, seus braços e sua cabeça você também não continuaria vivo. Originalmente, nessa região, a floresta era povoada por árvores frutíferas nativas em especial a palmeira Jussara, que compunha quase metade de todo o cenário. Mas, a concentração dessa palmeira não era à toa. Pois, ela possui um dos frutos mais nutritivos do mundo. E a grande maioria dos animais que se alimentam de frutas sabe disso. Eles dão preferência para se alimentar do fruto da Jussara. E não só para os animais, essas frutas poderiam alimentar boa parte da população, inclusive fortalecer a merenda escolar dos nossos estudantes. Econômico e não prejudicial à natureza, por não usar alimentos que precisam derrubar as florestas para serem cultivados e, também, por não usar transporte que emitem gás carbônico.

Resumindo, trocamos uma enorme riqueza em biodiversidade por desertos que chamamos de ruas asfaltadas, calçadas cimentadas, pátios com brita, casas, prédios e indústrias. As árvores contribuem para diminuir o aquecimento global, por causa do “seqüestro de carbono”. O “seqüestro de carbono” nada mais é do que o processo de fotossíntese que as folhas das árvores fazem ao capturar o gás carbônico do ar, junto com a água e a luz do sol, transformando-os em glicose e oxigênio. Também há uma diminuição na temperatura local, mas por outro fator, o da transpiração das folhas, que umedece o micro clima, ajudando assim a suportar melhor os dias de calor intenso no verão. Sem contar que as árvores produzem sombras, lance que pode nos proteger dos nocivos raios ultravioleta, causadores de câncer de pele.

Outro fato inusitado em Joinville é de que em algumas ruas há árvores, mas só do lado onde tem os fios e postes. Assim elas têm que serem constantemente podadas. E do lado que não tem fios e postes não há árvores. Pouco inteligente.

No caso da Mata Ciliar, alias um crime quando não há, as árvores possuem papel ainda mais importante, pois as raízes das plantas ajudam a filtrar e purificar a água do rio. Para o poluído Rio Cachoeira seria uma grande ajuda. Pois outro tipo de crime que acontece no centro de Joinville é contaminar o habitat e os próprios animais que vivem no Rio Cachoeira. Crime que todos cometem todos os dias nessa cidade.

Fica aqui a minha sugestão para que a FUNDEMA plante árvores nativas frutíferas em nossas calçadas, praças e nas matas ciliares, como por exemplo, em frente do novo Fórum ao lado do não morto Rio Cachoeira. O jacaré, as tartarugas, os peixes, os mamíferos e as aves agradecem.

Eli Diniz da Silva Neto

11 de outubro de 2007

A ditadura do Ipê amarelo



O ipê amarelo tem assumido um papel de protagonista entre as arvores de Joinville, que não corresponde a sua importância botânica, nem a sua presença nas nossas matas e florestas. Tem se convertido quase que na nossa arvore oficial. Não tenho certeza que o ipê amarelo seja a arvore do coração do joinvilense, que se sente mais atraído, pela doçura das ameixas, a exuberância das jabuticabeiras, a histórica tradição do Pau Brasil ou simplesmente pela singela beleza do jacatirão.

Já dizia Nelson Rodrigues, que toda unanimidade é burra, imagino que o movimento, que busca fazer de Joinville um monótono reflorestamento de Tabebuia, porque este é o nome técnico dos ipês, e não só dos amarelos, também dos roxos, rosas e brancos, também tenha algo de pouco inteligente.

Um pais, que tem na sua biodiversidade o seu maior patrimônio, que tem na sua gente a mais bela representação, da sua diversidade e da sua riqueza. Que recebeu de braços abertos a amarelos, pretos e brancos, por ficar nas cores que temos usado de uma forma primaria para definir os principais grupos raciais que compõem o multicolorido arco íris da nossa identidade. Não posso acreditar que vamos ficar só, no monocromático amarelo.

Propondo uma Joinville, que alterne em partes iguais o cinza do concreto e o amarelo dos ipês.

Onde ficariam os multicoloridos Jacatirões e Manacás? É o vermelho dos Mulungus, do Pau Formiga? O branco perfumado de Jabuticabeiras, Pitangas e Grumixamas? Os tons de amarelo dos Guapuruvus, das Canafistulas e Sibipurunas? O azul dos Jacarandás e das Sapucaias? O rosa das Paineras, do Urucum, do doce Bacuri? Os tons infinitos de verde da Juçara, dos Jerivás e das Figueiras?

Se por um lado, são os ipês os arautos da primavera, Joinville, não pode ficar só no amarelo do Ipê, nos seus poucos dias de flor, sempre interrompidos pela primeira chuva, que converte as calçadas e gramados, num tapete dourado, no reflexo espelhado da copa dorada. Eu escolheria o magnífico Ipê roxo da rua Alexandre Dohler, ou os Ipês rosas da rua Lages, para complementar o arco íris.

A unanimidade em torno do Ipê, é muito mais fruto do pouco conhecimento, que temos, das nossas arvores, da pobreza das nossas praças e parques, da falta de um rico vocabulário botânico que nos permita expressar melhor a nossa identidade, da nossa vontade de fazer deste um mundo melhor. Mais verde e mais florido, mais humano.

Com certeza que as diversas iniciativas que tem como objetivo distribuir mudas de ipê amarelo e incentivar o plantio de arvores em praças e quintais, devem ser aplaudidas e apoiadas. Joinville ganharia mais, se o nosso futuro fosse como o nosso pais, mais plural e diverso, com espaço para todas as cores, mais rico e mais variado.

Publicado no AN Cidade

7 de outubro de 2007

Banco Imobiliário



O Jogo conhecido no Brasil como Banco Imobiliário, tem suas origens no inicio do século passado, nos Estados Unidos. Patenteado com a marca Monopoly em 1934, pela Parker Bros, é um sucesso de vendas no mundo.

Forma parte de uma serie de jogos que estimula o empreendedorismo e a negociação, uma verdadeira aula para os nossos jovens, de uma forma lúdica e por médio de regras simples e claras, desenvolve conceitos como compra e venda de imóveis, investimento e valorização, ganho e perda.

O seu sucesso se deve basicamente a dois pontos muito simples, por uma parte regras bem claras e conhecidas por todos e manutenção das regras ao longo dos tempos, mesmo com pequenos ajustes e respeitando as peculiaridades locais o que faz que todos os jogadores saibam desde antes mesmo de iniciar o jogo que as ruas Leblon ou a Av. Presidente Vargas, são ruas mais baratas, que requerem um investimento menor, porem que também tem uma rentabilidade menor ao longo de todo o jogo. Por outro lado, todos os jogadores sonham com conseguir adquirir Morumbi ou Interlagos, porque a pesar de exigir um investimento bem maior, garantem uma maior rentabilidade ao longo de todo o jogo. São estas regras claras que garantem o sucesso do jogo, consolidado ao longo de mais de sete décadas.

Em outra escala o Plano Diretor de uma cidade, tem se convertido em um grande tabuleiro de Banco Imobiliário, as regras lamentavelmente não se mantem tão estáveis e os interesses envolvidos são bem menos transparentes e claros que os que os que as nossas crianças desenvolvem no transcurso de uma partida. Tão escuros e escusos que mudam as escondidas, em períodos de convocações extraordinárias ou em reuniões com pouco quorum e quase sempre sem os estudos e avaliações necessárias.

Não poucas vezes nos deparamos com mudanças no meio das partidas, as regras do jogo mudam repentinamente e o imóvel que adquirimos, com o nosso dinheiro de verdade, não com aquele dinheiro de brincadeirinha que nós fazia sentir ricos, passa a se desvalorizar, porque alguém muda as regras de jogo, pior ainda quando descobrimos, que alguém já sabia antes de começar o jogo que as regras mudariam no meio da partida.

Merece uma reflexão profunda o modelo de cidade que estamos construindo, quando mudamos com freqüência as regras do jogo, como se a nossa cidade fosse um imenso tabuleiro de Banco Imobiliário e as regras e os dados fossem jogados de uma forma tal que o resultado do jogo já estivesse definido antes de começar.

Com certeza o Banco Imobiliário não teria conseguido o sucesso que tem hoje se tivesse se pautado pelas regras e critérios que utilizamos para definir o futuro das nossas cidades, claro que Banco Imobiliário é só um jogo.

Publicado no AN Cidade

Viver sem muros é menos perigoso

Pesquisa: viver sem muros é menos perigoso

Pesquisa feita pela Polícia Militar do Paraná mostra que assaltantes preferem agir em casas que têm muros.

Segundo a Folha de S.Paulo, o levantamento, feito em Curitiba, indica que 60% das casas assaltadas eram cercadas por paredes e 25%, por grades.

A pesquisa mostra que apenas 15% das residências que sofreram com assaltos eram abertas para a rua. De acordo com os dados, 71% dos assaltantes preferem assaltar casas com muros porque eles ocultariam melhor a ação.

Redação Terra

5 de outubro de 2007

O deputado estadual Darci de Matos, encaminhou um projeto de lei, para proibir a venda de flores, plantas e correlatos, (sejam o que sejam estes correlatos), em locais que comercializem alimentos o que motivou esta carta, publicada no AN Cidade

Infelicidade

O deputado estadual Darci de Matos (DEM) encaminhou a Assembléia legislativa um projeto de lei com o objetivo de proibir a venda de flores, plantas e correlatos em estabelecimentos que comercializem alimentos, no estado de Santa Catarina, se desprende da redação que esta se referindo principalmente aos supermercados, que hoje respondem para alguns produtos de flores e plantas por mais de 30 % das vendas, sendo um dos mais importantes canais de comercialização e de divulgação do produto, no Brasil e no mundo.

O deputado, como técnico agrícola que é deveria saber que a produção de plantas ornamentais no pais esta regulamentada pela lei federal 10711, que estabelece as normas e requisitos para a sua produção. O Ministério da Agricultura esta implantando no pais o PIF ( Produção Integrada de Flores ) que garante ao consumidor os menores índices de agrotóxicos e estimula o manejo com o menor impacto ambiental e ecológico, reduzindo custos para o produtor e melhorando a qualidade da nossa produção.

Santa Catarina, como em tantos outros segmentos da economia nacional tem uma posição de destaque neste setor, com pouco mais de 1% do território nacional, responde hoje por 7 % da produção nacional e ocupa um meritório terceiro lugar. O nosso estado também é pioneiro na implantação programas de certificação, na redução do uso de agrotóxicos e no cumprimento da legislação, por tanto deveria ser de conhecimento do deputado, que não se utilizam “poderosos agrotóxicos “ na produção e cultivo das nossas flores e plantas ornamentais que não sejam os autorizados pela legislação brasileira e recomendados pelos responsáveis técnicos.

Faz ainda menção, na sua infeliz proposição, a pedaços de vidro, restos de pêlos, riscos químicos e riscos biológicos, não acredito que possamos encontrar estes produtos nas nossas flores e plantas e com certeza nada comparado aos desinfetantes, inseticidas, desentupidores, raticidas e outros produtos químicos que podem representar perigo potencial, com certeza maior que as flores e plantas, se em contato com alimentos, porem que em todo o mundo são comercializados, nos mesmos estabelecimentos que comercializam alimentos.

Não existe informação disponível que faça referencia a doenças transmitidas pelas flores e plantas comercializadas nos supermercados, ainda presta um desserviço o deputado ao criar o pânico entre os consumidores insinuando que as flores e plantas representam algum tipo de perigo para o consumidor catarinense e converter a venda de flores em um assunto de saúde publica.

Uma infelicidade esta proposta que o bom senso dos nobres deputados não deveria deixar prosperar, um desgaste que com certeza teria sido evitado se o deputado tivesse, antes de elaborar a proposta, consultado os legítimos representantes do setor da floricultura Catarinense e considerado melhor o impacto que a sua proposta poderia ocasionar.

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Esta carta, motivou uma resposta, por terceiros, no mesmo jornal e ainda uma materia no A Noticia, o Deputado Darci de Matos justificou o seu projeto de lei, por conta da toxicidade das plantas e a defesa das pequenas floriculturas frente aos grandes supermercados.

Infelicidade 2

Agora que ficou mais claro para todos, que o objetivo da proposta da lei do deputado Darci de Matos, tem menos a ver com a saúde publica e mais com disputa de mercado, gostaria de tecer novas considerações que possam servir melhor para orientar a sociedade catarinense.
É inconseqüente a afirmação incluída no texto que informa que entre1984 e 2006 foram registradas cerca de 2,5 mil casos de intoxicação por plantas noestado. Ao não fazer referencia a origem das plantas, não define se são ou não ornamentaise se foram ou não adquiridas em estabelecimentos que comercializem também alimentos, pelo que a informação desta forma colocada é tendenciosa.Mais ainda quando é publico e sabido, inclusive pela cultura popular, que entre a rica e variada vegetação brasileira, um grande numero de espécies, são tóxicas, algumas utilizadas inclusive como abortivos ou estimulantes ou na fitoterapia popular.
Devemos defender a liberdade de mercado. O mercado se conquista com competência, trabalho e com preços e serviços adequados, não são os supermercados os maiores concorrentes das floriculturas, que oferecem produtos e serviços distintos, dificilmente alguém buscara na prateleira de um supermercado, um arranjo de flores para dar a sua namorada, ou contratara a decoração de uma festa de casamento ou de aniversario, fora de uma loja especializada.
O caminho que as floriculturas devem buscar para crescer no mercado é o da especialização, da qualidade e da diferenciação.
Usar de subterfúgios legais para cercear o livre mercado, não é com certeza o melhor caminho. A proposta de lei em questão, fechara pontos de venda de plantas e flores no estado, diminuirá a oferta, reduzira as oportunidades para os produtores catarinenses e dificultara o acesso ao produto pelas classes menos abastadas, que tem visto nos supermercados uma oportunidade de adquirir flores e plantas a preços baixos e com qualidade. Popularizando o produto e aumentando as vendas.

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